Esforço maior do propulsor na estação fria pode elevar demanda por energia e reduzir vida útil da bateria
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Esforço maior do propulsor na estação fria pode elevar demanda por energia e reduzir vida útil da bateria fotos divulgação
Por O Dia

Não apenas motoristas e passageiros sofrem com o frio intenso. Os carros também podem ter problemas mecânicos causados pelas baixas temperaturas. E nem precisa de muito. Abaixo dos 15ºC, por exemplo, as folgas internas do motor se estreitam, o óleo lubrificante fica mais grosso, a bateria é mais exigida. A lista de danos associados ao frio é extensa.

Erwin Franieck, engenheiro da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE), explica que o problema mais comum está associado ao etanol. "O álcool hidratado nos carros flex precisa chegar a uma temperatura de queima quase três vezes superior a da gasolina para gerar os gases de que o motor precisa para trabalhar bem. Por isso, em dias frios, a temperatura externa pode atrapalhar, principalmente os modelos mais antigos", comenta.

Em veículos com o conhecido tanquinho de partida a frio, o problema está na falta de cuidado com a gasolina armazenada no reservatório. "O sistema foi desenvolvido para ajudar nos dias mais frios, com temperatura na média dos 15°C. Contudo, se essa gasolina estiver parada há muito tempo, a tendência é que ela perca a validade e eficiência na hora de fazer o motor girar. O ideal é trocar a cada três meses o combustível do tanquinho, que costuma ter capacidade para um litro", orienta.

Para os motores flex, outra dica para melhorar o desempenho do motor é seguir a regra de adicionar um litro de gasolina a cada dez litros de etanol com que o tanque for abastecido. Os veículos que não dispõe do tanquinho costumam usar uma tecnologia que aquece o etanol sempre que a temperatura do propulsor estiver muito baixa na hora da partida.

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