Daniel Corrêa - Divulgação
Daniel CorrêaDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Paraná - A Justiça mandou soltar três réus do caso Daniel, que investiga o assassinato do jogador, ocorrido em outubro do ano passado. O promotor Marco Aurélio Oliveira foi favorável à liberdade provisória de Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva, que foram liberados nesta quarta-feira.
Também ré no processo, Cristiana Brittes teve retirada nesta quinta-feira, a tornozeleira eletrônica que usava. A retirada - feita na Central de Monitoramento - cumpre a determinação da juíza da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Luciani Regina de Paula Martins. No despacho, divulgado na tarde de quarta-feira, a juíza alega que Cristiana - que usava a tornozeleira desde o dia 13 de setembro - tem cumprido todas as exigências feitas pela Justiça.
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"Não se teve notícia, pelo menos até o presente momento, de que a ré tenha descumprido alguma das condições a ela impostas, pelo que vislumbro a possibilidade de revogação da medida cautelar de monitoração eletrônica anteriormente aplicada, mantendo-se as demais vigentes, vez que são suficientes e eficazes ao caso em tela", registrou a juíza no documento.
Segundo o advogado de defesa Cláudio Dalledone Júnior, a retirada da tornozeleira mostra que a Justiça está sendo feita. "Não tínhamos dúvida de que tudo caminhasse para esse desfecho e aguardamos novos fatos em breve, após a entrega das alegações finais das defesas", disse.
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O próximo passo, conforme Dalledone, será o pedido de soltura do marido de Cristiana, o empresário Edison Brittes, que confessou ter matado o ex-jogador. Dalledone pretende entrar com o pedido junto ao Tribunal de Justiça logo após a entrega das alegações da defesa.
"Iremos ao TJ e se for o caso ao STJ, pois o processo já andou, Edison já assumiu (o crime), tem preenchido todos os requisitos exigidos, as pessoas estão protegidas e todos os outros seis envolvidos no processo estão soltos, somente ele preso, não há coerência. Acreditamos que até o final do ano ele estará solto", afirmou.
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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também se manifestou e pediu à Justiça para que os sete réus sejam levados a júri popular. Na tarde de terça-feira, o Ministério Público do Paraná apresentou as alegações finais no processo.
O ex-jogador Daniel foi morto na madrugada de 27 de outubro, na Colônia Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), após ter sido espancado e ter o pênis decepado. Segundo o empresário Edison Brittes relatou à época, Daniel teria tentado estuprar a esposa (Cristiana) durante festa na residência - onde se comemorava o aniversário da filha, Allana - e esse fato teria desencadeado o crime.