O Colégio 10 de Maio, na avenida Cardoso Moreira, a principal de Itaperuna: cheia do Rio Muriaé deixou a cidade debaixo d'água - Reprodução da internet
O Colégio 10 de Maio, na avenida Cardoso Moreira, a principal de Itaperuna: cheia do Rio Muriaé deixou a cidade debaixo d'águaReprodução da internet
Por O Dia
Campos — Os rios que cortam várias cidades do Norte e Noroeste Fluminense continuam a subir. Várias cidades contam seus desalojados e estradas estão interditadas em diversos pontos. Como previsto, o Rio Carangola transbordou na madrugada em Porciúncula. Em Laje do Muriaé, a BR-356 e a RJ-116 foram cobertas pelas águas dos rios Glória e Muriaé, isolando a cidade. Bom Jesus do Itabapoana estima em mais de 500 pessoas desabrigadas ou desalojadas. A chuva aliviou neste sábado na região, mas como continuam intensas em Minas Gerais, onde ficam as cabeceiras dos rios, a expectativa é pela elevação dos níveis nas próximas horas.
Em Campos a situação é de atenção, mas sem grandes intercorrências, porque o Rio Paraíba do Sul não está próximo de sua cota de transbordo ainda. Os demais municípios banhando pelo Paraíba seguem a mesma tendência: São Fidélis, Itaocara, Cambuci e São João da Barra. Todos os outros rios, afluentes do Paraíba, porém, já transbordaram.
 
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Itaperuna — O Rio Muriaé superou em 20cm sua cota de transbordamento, está em 4,40m. Como é comum nesses casos, a avenida Cardodo Moreira, no centro da cidade, tem trechos alagados, principalmente no entorno do colégio 10 de Maio. O tráfego está sendo desviado na contramão da faixa mais elevada da avenida.
O hospital São José do Avaí, o principal de Itaperuna, está inacessível, como também costuma ocorrer em enchentes. Os pacientes só podem chegar ou sair em embarcações do Corpo de Bombeiros.
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Bom Jesus de Itabapoana — Bom Jesus é um dos municípios mais afetados. O Rio Itabapoana superou em mais de duas vezes seu limite, alcançando 4,85m; sua cota de transbordo é 2,10m. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estimam em mais de 500 os desabrigados ou desalojados.
Porciúncula — O Rio Carangola vazou nesta madrugada, atingindo mais de 7m, quando seu máximo é de 5,30m. O Corpo de Bombeiros de Itaperuna conta 300 famílias desalojadas e 70 desabrigadas.
Natividade – Outra cidade banhado pelo Carangola, Natividade soma 21 desabrigados e 110 desalojados. O rio superou os 4,50m da cota de transbordo, chegando a 5,70. Ligação com Itaperuna, pela RJ-220, está bloqueada.
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Cardoso Moreira — O Muriaé bateu 8,66m, pouco acima do limite. Mas a cidade fica abaixo do leito do rio, o que a torna suscetível a cheias muito facilmente.
Italva — Também cortado pelo Muriaé, e atravessado pela BR-356, que liga Campos a Itaperuna, assim como Cardoso Moreira, Italva viu o rio transbordar nesta manhã de sábado. O local mais crítico é o bairro São Pedro do Paraíso, onde 30 famílias tiveram de deixar suas casas.
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Santo Antônio de Pádua — O Rio Pomba, outro afluente do Paraíba e cuja nascente fica em Minas, transbordou nesta madrugada. A situação ainda não é grave, mas a cidade está em estado de alerta máximo.
“Os rios continuarão subindo porque ainda chove em Minas. Pedimos que as famílias procurem o lugar mais seguro. A Defesa Civil de cada município montou um gabinete de emergência e está auxiliando no que for preciso, disponibilizando caminhão para mudanças, retroescavadeira e colchões”, comentou o coronel Joelson Oliveira, coordenador da Defesa Civil no Norte e Noroeste do estado, ao site Folha1.
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*Com informações dos sites Folha 1 e Jornal Terceira Via