Por O Dia

A vida parece um teatro. Em algumas peças somos os protagonistas; noutras, figurantes. Ensaiamos para decorar nosso papel, mas muitas vezes o diretor da peça vem e muda todo o script.

Somos peças da grande peça. Mas será que tudo já está escrito? A vida também é sujeita a improvisos, cacos colocados no roteiro original. Seria isto o livre-arbítrio?

Há muitos mistérios nas entrelinhas. No teatro da vida já fomos mocinhos e bandidos, bons e maus, terríveis e santos, suaves e assustadores. Um fio sutil tece a trama das existências.

O diretor da peça espera que representemos bem o nosso papel, pois isso ajuda na confecção da tessitura imaginária da criação coletiva. O que é o apagar das luzes e o fechar das cortinas?

É aquele momento sagrado em que vamos para os bastidores, tiramos a roupa do personagem e mergulhamos no pedacinho de realidade que nos cabe.

É aí que entram em cena os deuses do teatro, que nos conduzem para o lugar de onde viemos e onde vamos digerir o que representamos e aguardar a próxima chamada, para um novo papel.

Chegará então o dia em que a campainha do karma soará e tocará novamente o terceiro sinal. E alguém baterá à porta do camarim e dirá: vamos!

Fernando Mansur: Radialista. Escritor. Professor. Graduado em Letras pela Universidade Católica de Minas Gerais (Ponte Nova). Mestre e doutor em Comunicação pela UFRJ. BLOG FM_FERNANDO MANSUR

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