Por Fernando Mansur

Se fazemos parte de uma Unidade podemos entender que tudo está em todos, em potência, pelo menos. Aprendemos, pelas experiências, que germes costumam frutificar, os bons e os maus. Não há bem e mal na natureza - é o que nos ensina a tradição-sabedoria. Tudo tem um papel a cumprir.

Se você está destinado a ser grama, não chegará a ser árvore, por mais que você queira. Não há milagres, como comumente se entende, mas um desvelar de potencialidades armazenadas há séculos no cadinho de cada vida. Não adianta tentar compreender a geometria, se não houver a base da matemática.

A natureza não dá saltos. Tudo segue um determinado fluxo, regido por um Plano Divino. Aprendemos a repetir expressões confortadoras, mas que não correspondem à realidade, se observadas com lente de aumento. 'Deus geometriza' é uma expressão reveladora, 'Graças a Deus' também. Por quê? Porque 'A vontade de Deus não é um querer pessoal, como entendemos, mas uma resposta às Suas leis atemporais, consubstanciadas na lei maior da Harmonia.

Imagine o universo: um caos para os sentidos, um cosmos para a razão, como ensinam os instrutores da humanidade órfã. Mas mesmo o auxílio não pode ser forçado: o necessitado deve primeiro entender que precisa dele. Se o conhecimento é um tônico por demais potente, que tanto pode matar quanto curar, só quem sabe a dose certa é que é capaz de ministrá-lo com sabedoria, para que surta o efeito libertador.

Com discernimento e impessoalidade amorosa, um dia chegaremos às respostas que buscamos. Se tudo é uno, a verdade também deve estar dentro de nós.

 

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