Rio, 03/07/2019, Especial Segurança Presente, na foto praca saens pena. Foto de Gilvan de Souza / Agencia O Dia - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Rio, 03/07/2019, Especial Segurança Presente, na foto praca saens pena. Foto de Gilvan de Souza / Agencia O DiaGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por Thiago Gomide
O morador da Tijuca não é carioca. Ele é tijucano. Ti-ju-ca-no. É como se fosse a nata da nata, sabe?
Sotaque com mais X e R.
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Em ficha de hotel, quase confunde local de nascimento. Como assim Rio de Janeiro?
Do bairro aristocrático do começo do século XX é possível encontrar várias evidências. O castelo do Barão de Mesquita, na rua Ibituruna, é um bom exemplo.
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Da época de ouro dos cinemas, quando a praça Saens Peña fervia de amantes da telona e de paqueras, sobrou a lembrança.
Metro, Olinda, América, Arte Palácio. Quem lembra?
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Tijuca tem brasão. Tijuca tem bares que te fazem acreditar que o mundo está bom por demais.
Tijuca tem América Futebol Clube, o segundo time de todo carioca e o que ostenta o hino mais bonito ( hei de torcer, torcer, torcer...).
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Ed1: Eu tinha escrito "hei de vencer, vencer, vencer". Parte da torcida canta dessa forma, contribuindo para a composição original. A leitora Cristiane Campos H. de Carvalho, que foi atleta do clube, chamou minha atenção. Obrigado mesmo. 
Tijuca tem até os últimos táxis Fuscas do Rio de Janeiro. Vale a nostalgia. 
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Nesse enorme mosaico, a coluna selecionou três atrações imperdíveis:

1. Conhecer o Hospital Gaffrée e Guinle
Longe de estarmos querendo o seu mal. Muito pelo contrário. A ida ao hospital, nesse caso, é para enriquecer seus conhecimentos científicos.
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O prédio foi inaugurado em 1929. A frente, duas das famílias mais importantes da história do Brasil e que estão destacadas no nome. O objetivo era lançar o primeiro centro médico de estudo e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis.
O visitante encontra uma capelinha com vitrais franceses, valorizando laços religiosos.
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Para não perder o fio da meada, ao subir para o segundo andar, pela escada, observe os vitrais homenageando admiráveis personagens da ciência: Louis Pasteur, Oswaldo Cruz e Robert Koch estão entre eles.

2. Andar pela Haddock Lobo
Tim Maia cantou em “Haddock Lobo Esquina Com Matoso”:
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“Haddock Lobo
Esquina com Matoso
Foi lá que toda a confusão começou

Erasmo, um cara esperto
Juntou com Roberto
Fizeram coisas bacanas
São lá da esquina, hahaha!
(...)
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A turma estava formada
Com lindas meninas
E o Jorge com um camarada
Era uma Babulina, alô Jorge Ben!”
Os personagens são emblemáticos: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Jorge Ben e, claro, o próprio Tim Maia.
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Quem caminha ali deve saber que esses cidadãos nasceram como músicos nesse canto da cidade.
Pouca coisa não é.
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Tim Maia foi homenageado com uma estátua na praça Afonso Pena. 
3. Visitar a Igreja dos Capuchinhos
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Ainda na rua Haddock Lobo.
A Igreja foi construída em 1928 homenageando São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.
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Nesse lugar sagrado, o visitante encontra o mausoléu de Estácio de Sá, o fundador da nossa cidade, e o marco de fundação do Rio de Janeiro, que estava no morro do Castelo, demolido na década de 1920.
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Pra quem gosta de um chopinho
O engenheiro Luís Xavier, morador do bairro há mais de 30 anos, indica experimentar o risoto de camarão da Salete, na rua Afonso Pena.
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A empadinha de camarão é muito boa.
O chope é gelado.
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Sonho? Realidade? 
O chato é que tenho ouvido críticas ao serviço.
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Não vamos dar mole, hein? 
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 Tijuca: capital do futebol de botão
Existia uma papelaria chamada Gugula, em frente ao colégio Militar.
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Era uma sensação entre os amantes do futebol de botão na minha época de colégio: vendia relíquias a preços interessantes.

Parei de frequentar em 2001.
Dez anos depois, fui dar aula de roteiro no colégio José Leite Lopes, na rua Uruguai.
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Competição de botão rolando solta. Alguns galalites, constatei.
Não deu outra, o estudante tinha comprado na... Gugula.
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Desgraça ter fechado.
Guardo os meus e é complicado me vencer. 
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Você indica 
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Quais lugares você indicaria na Tijuca? O que não pode deixar de fazer?