Fernando Diniz foi técnico. Pouco fez com aquela ideia de toque para o lado. Oswaldo de Oliveira assumiu após a passagem pífia de Diniz. Nada fez com aquela arrogância de achar que é cinquenta vezes campeão mundial. Pior: mandou um dedo para a torcida.
Estava escrito: o Fluminense iria para a segundona. Merecidamente.
O petropolitano Marcão é ídolo da torcida. Só foi ídolo no Fluminense.
Marcador aguerrido, parecia entender que bola se come tal qual prato de comida com fome extrema. Não aceitava perder dividida. Defendia e atacava. O Botafogo sofreu com as bicicletas de Marcão.
Foi 8 do Fluminense. Foi capitão. Foi laureado sempre.
Com a situação agravada e com a queda do polêmico Oswaldo de Oliveira, Marcão teve que inicialmente assumir a bomba.
Era auxiliar técnico.
Por mais que criticassem o Marcão, o fato é que a torcida sabia que ele era um dos seus. Diferente da maioria que passou ou passará.
Marcão sabe o que é olhar para torcida. Marcão sabe a tradição do Fluminense. Marcão lembra de 1998, de 1999.
Ele lembra.
Logo de cara, como interino, conseguiu vitórias importantes.
O presidente Mario Bittencourt, que está distante da burrice, efetivou Marcão com o enorme desafio de não deixar o time ser rebaixado.
Sabia que a torcida não iria matar um dos seus ídolos e, ainda de quebra, iria apoiar até o fim.
Não deu outra: Marcão safou o Fluminense e conseguiu uma vaga na Copa sul-americana, o que rendeu verba extra ao clube em 2020, ano que ele não será mais o treinador.
Para variar, Marcão fez gol Botafogo. Carrasco é carrasco.