08/12/2019 - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS/PARCEIROS - Partida entre as equipes de Corinthians e Fluminense, válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, realizado na Arena Corinthians, Zona Leste de São Paulo, neste último domingo (08). Foto: Fepesil/Parceiro/Agência O Dia - Fepesil/Parceiro/Agência O Dia
08/12/2019 - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS/PARCEIROS - Partida entre as equipes de Corinthians e Fluminense, válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, realizado na Arena Corinthians, Zona Leste de São Paulo, neste último domingo (08). Foto: Fepesil/Parceiro/Agência O DiaFepesil/Parceiro/Agência O Dia
Por Thiago Gomide
No começo de outubro, a situação do Fluminense era uma tragédia. O time não reagia. O time não entendia a história do clube. O time era qualquer coisa.

Fernando Diniz foi técnico. Pouco fez com aquela ideia de toque para o lado. Oswaldo de Oliveira assumiu após a passagem pífia de Diniz. Nada fez com aquela arrogância de achar que é cinquenta vezes campeão mundial. Pior: mandou um dedo para a torcida.

Estava escrito: o Fluminense iria para a segundona. Merecidamente.
Era resultado também de uma sequência de gestões que mais parecem adversárias do clube.

O petropolitano Marcão é ídolo da torcida. Só foi ídolo no Fluminense. 

Marcador aguerrido, parecia entender que bola se come tal qual prato de comida com fome extrema. Não aceitava perder dividida. Defendia e atacava. O Botafogo sofreu com as bicicletas de Marcão.

Foi 8 do Fluminense. Foi capitão. Foi laureado sempre.

Com a situação agravada e com a queda do polêmico Oswaldo de Oliveira, Marcão teve que inicialmente assumir a bomba.

Era auxiliar técnico.

Por mais que criticassem o Marcão, o fato é que a torcida sabia que ele era um dos seus. Diferente da maioria que passou ou passará.

Marcão sabe o que é olhar para torcida. Marcão sabe a tradição do Fluminense. Marcão lembra de 1998, de 1999.

Ele lembra.

Logo de cara, como interino, conseguiu vitórias importantes.

O presidente Mario Bittencourt, que está distante da burrice, efetivou Marcão com o enorme desafio de não deixar o time ser rebaixado.

Sabia que a torcida não iria matar um dos seus ídolos e, ainda de quebra, iria apoiar até o fim.

Não deu outra: Marcão safou o Fluminense e conseguiu uma vaga na Copa sul-americana, o que rendeu verba extra ao clube em 2020, ano que ele não será mais o treinador.
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A diretoria já avisou que ele volta ao cargo de auxiliar técnico no ano que vem. 
Obrigado, Marcão. Obrigado por ter salvo quando ninguém acreditaria. Obrigado por ocupar a vaga de algum treinador que embolsaria (ou não) três meses de salário e tanto faz Fluminense.

Para variar, Marcão fez gol Botafogo. Carrasco é carrasco. 
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Se vier Enderson Moreira, Marcão precisa estar esperto para resolver mais uma vez nossos problemas.