A assessoria da Souza Cruz informou que foi surpreendida pela AGU. E que, segundo o Ibope, 54% do mercado brasileiro consome cigarros paraguaios - Reprodução
A assessoria da Souza Cruz informou que foi surpreendida pela AGU. E que, segundo o Ibope, 54% do mercado brasileiro consome cigarros paraguaiosReprodução
Por Leandro Mazzini
Brasília - O governo começou o contra-ataque à indústria do cigarro, que usou a boa vontade do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para tentar reduzir sua carga tributária. A situação ficou feia para a Souza Cruz, que controla grande parte da fabricação no Brasil, e a sua concorrente Philip Morris. A Advocacia Geral da União (AGU) entrou na Justiça Federal, no Rio Grande do Sul, para cobrar indenizações por gastos na saúde com tratamentos de doenças causadas pelo fumo, que custam ao governo até R$ 57 bilhões por ano. A ação da AGU ocorre no momento em que o ministro Paulo Guedes, da Economia, precisa arrecadar mais. E de todos os setores.
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Vai pra gaveta
O Palácio do Planalto monitora o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Justiça e avisou que pegou muito mal. O caso seria para o Ministério da Economia.

Da fábrica
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A assessoria da Souza Cruz informou que foi surpreendida pela AGU. E que, segundo o Ibope, 54% do ercado brasileiro consome cigarros paraguaios.

Em debate
Quem quiser ver de perto dois ministros do STF e o que pensam sobre fake news: na sexta, Toffoli e Lewandowski vão à Faculdade de Direito da USP para debates da OAB.
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PSL corre
A bancada do PSL lançou ofensiva para tentar manter o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), e evitar que o cobiçado posto seja ocupado por um parlamentar do Centrão. A mobilização, que não conta com o apoio da líder do governo no Congresso, Joyce Hasselmann (PSL-SP), começou após rumores de que o Planalto tem 'nomes na mesa' para trocar o líder, conforme a coluna antecipou.
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Apoio fraco
Alguns fiéis defendem até a divulgação de carta aberta de apoio a Vitor Hugo. Apesar dos apelos dos deputados, a mudança na liderança está em discussão avançada no Palácio do Planalto. A situação de Vitor Hugo ficou mais delicada após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar o rompimento com o deputado goiano.
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Pela culatra
O presidente Jair Bolsonaro não precisa contar com votos da bancada do Cidadania (ex-PPS) contra os projetos que tentam derrubar os decretos que liberam posse e porte de armas. Presidente do Cidadania, o ex-senador Roberto Freire criticou o decreto em palestra para estudantes, na quinta-feira passada, no Ceará.
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Neutralidade
"Além de estimular a violência na cidade, provocará mais conflitos no campo. É um decreto ilegal", disse. O Cidadania é neutro no Congresso, com viés de oposição puxado pelo seu líder nacional.
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Peregrinação
Em resposta às críticas pela frágil articulação política com o Congresso, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, atualizou seu balanço do número de congressistas que passou pelo gabinete no Palácio desde o início da atual Legislatura, em fevereiro. O democrata garante que, em quatro meses, já foram recebidos 386 parlamentares.
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Sem base
Destes, 282 atendidos por Onyx. Mas a peregrinação de políticos à Casa Civil não surtiu efeito: o governo segue sem base consolidada no Congresso e coleciona derrotas em comissões. E, hoje, não tem votos suficientes para aprovar a Reforma da Previdência.
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Barragem...
Em petição de cinco advogados e protocolada na CPI do Senado que apura a tragédia de Brumadinho, o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman alegava que inexistem contradições ou divergências em seu depoimento ao questionar o requerimento, aprovado na terça, que determina acareação dele e outros ex-diretores da mineradora.
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... jurídica
No documento, ao qual a coluna teve acesso, Schvartsman diz que não há motivo para a acareação pretendida. E que segue à disposição para apresentar documentos e qualquer material que possa auxiliar no esclarecimento dos fatos. O requerimento é do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que agora não vai dar mole para a turma.
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Repetente
Sabem quem vai aparecer para acareação? O diretor Peter Poppinga, que cuidava da barragem em Brumadinho. Era ele quem estava à frente da... Samarco em Mariana.