Eduardo Braga - Divulgação
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Por Leandro Mazzini
Brasília - Depois de 12 anos do pacto firmado entre os países membros do Mercosul, o Governo do Brasil promulgou, no Decreto 10.287 da última sexta-feira, o acordo para implementação de um sistema integrado entre as nações do Cone Sul que reconhecem o diploma universitário para regularização de profissionais na região. Os Ministérios da Educação de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile terão de implementar um modelo para que os profissionais formados nestes países possam ter trânsito livre e trabalhar em qualquer um desses países. A priori, para os diplomados em Medicina, Agronomia e Engenharia. O pacto foi firmado em junho de 2008, mas só agora o Brasil dá o pontapé com os países-membros.

Abrindo portas

O sistema pode resolver um problema histórico de reconhecimento de diplomas de medicina de brasileiros que se formam na Bolívia e Paraguai, por exemplo, e são impedidos de exercer a profissão aqui.

Lá atrás

O pontapé para o sistema integrado começou bem antes, com reunião dos ministros da Educação dos países-membro em Belo Horizonte, em 2006. De lá para cá, nada.

Inflação voltou

Situações curiosas com o povo em casa. Caiu o preço da gasolina. E inflação nos mercados. Tomate e batata custam R$ 5, o quilo. Antes da crise, pagava-se R$ 2.

Turma da capital

Apesar das videoconferências serem mesmo inevitáveis, nada menos do que 19 dos 81 senadores estão em Brasília. Entre eles os líderes do MDB, Eduardo Braga, do PDT, Weverton; do Governo, Fernando Bezerra; do PT, Rogério Carvalho; do Podemos, Álvaro Dias; do PSD, Otto Alencar; entre outros. Isso facilita muito o andamento de pautas de emergência como a definida na manhã de quinta-feira.

Fortunas

Após seis meses de gaveta, o projeto de taxação de grandes fortunas, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), enfim tem relator. É Major Olímpio, do PSL. Pesou para isso a possibilidade de que a primeira fatia da arrecadação vá para o combate ao coronavírus.

Cadê o nosso?

Já falta dinheiro em alguns caixas eletrônicos de agências bancárias de Brasília.

Brasília madura

A pandemia freou todos os preparativos das festividades dos 60 anos da capital federal, que se completam dia 21 de abril. Mas, mesmo sem comemorações públicas, as palmas vão para o povo brasiliense, que dá um show de civilidade nessa crise.

Fundo que salva

A liderança do Cidadania na Câmara estuda projeto para liberar todo o estoque de retorno do FGTS para fazer frente à crise do coronavírus. Não é o montante aplicado do FGTS, mas a remuneração desse capital, acumulado durante décadas.

Bomba

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci delatou o magnata Rubens Ometto, que controla a Cosan / Raízen, de distribuição de combustíveis. Segundo a denúncia, publicada no O Dia do Rio de Janeiro, ele pagou propina de R$ 300 milhões ao PT para o grupo de livrar de bilhões em impostos.

Fora do ar

Marcelo Magno, o coleguinha do rodízio do JN da Globo, fez festa de 1 ano do filho para cerca de 240 pessoas quando voltou a Teresina, antes de saber que estava com coronavírus. Ele se recupera bem no hospital. Mas a turma toda correu pra exame.

MERCADO

E os estaduais?

O presidente do Sescon-SP (Sindicato dos Contadores), Reynaldo Lima, defende que impostos estaduais e municipais também sejam postergados assim como fez o Governo federal. “A medida anunciada por Paulo Guedes só contempla os tributos federais abarcados pelo Simples, ou seja, o ICMS e o ISS continuam a serem pagos”.

União faz a força

Frank Geyer, empresário e controlador da Unipar, das líderes da indústria química na América Latina, botou a produção nas unidades do Brasil e Argentina com prioridade para insumos para fornecer ao mercado e combater a pandemia. Produtos como cloro, hipoclorito de sódio, para tratamento de água, e PVC para bolsas de sangue.
Gripes mortais

A despeito do coronavírus, o mais mortal de todos - até ontem já eram 77 mortes no País - o Ministério da Saúde enviou para a Coluna dados assustadores de mortes por outras gripes no Brasil. Em 2019 foram registrados 1.122 óbitos por Influenza A e B. Em 2018, foram 1.328 mortes pela mesma gripe.