Giovana Cordeiro - Vinicius Mochizuki/ Divulgação
Giovana CordeiroVinicius Mochizuki/ Divulgação
Por O Dia
No ar como a Moana, em 'Verão 90', Giovana Cordeiro vem caindo nas graças do público. Cacheada com orgulho, ela chega para provar que franja e cabelos enrolados combinam, sim! Mas muito antes de deslanchar como atriz, Giovana trabalhou em outras atividades, como produtora de eventos e doceira. A carioca sempre soube que, independente da dificuldade de encontrar seu lugar ao sol, jamais desistiria da atuação, mesmo que isso não lhe trouxesse um retorno financeiro. Aos 22 anos, ela namora e se mostra muito bem resolvida em seu atual relacionamento com o ator Giuliano Laffayette. Na entrevista abaixo, a escorpiana comenta sobre carreira, vida pessoal e cuidados com a beleza.

A novela já está na reta final. O que você tem aprendido com esse trabalho?
A gente vai encontrando sempre novos desafios a cada trabalho. Isso que mantém a nossa arte viva. Dessa vez, eu vim com um tempo curto de descanso de uma novela das 9 ('O Outro Lado do Paraíso') para uma trama das 7. Tive que ter uma adaptação para a linguagem e ritmo do horário, que é leve. Aprendi bastante observando essas pessoas.

O que você e a Moana têm em comum?
A Moana tem ajudado as pessoas ao seu redor, é amiga, faz o que tiver ao alcance dela para defender quem ela gosta e o que ela acredita. Acho que temos isso em comum. Ela também tem seu lado negativo.

Ela chega a ser uma vilã?
Não acredito no lado vilão dela, não. Ela sempre aceitou muitas coisas para estar ao lado do João (Rafael Vitti). Ela começa a ver que as armas dela já não estão funcionando tanto. Ela vai lutar com as novas ferramentas que tiver. Acho que é uma menina do bem, que realmente gosta do João e quer estar perto, ajudar, e ficar com ele também. A novela, por ser uma obra aberta, a gente vai descobrindo as coisas ao longo do tempo. As pessoas não são uma coisa só, e os personagens também não devem ser. As pessoas têm os seus vários lados e lutam com as armas que têm.

Já usou algum artifício para manter uma relação?
Quando a gente gosta e está disposto a salvar uma relação, a gente faz muitas coisas por amor. Mas tudo no bom sentido. Acredito no artificio do argumento, diálogo, sedução também. Às vezes nem é tão planejado, mas por instinto de manter aquela coisa que faz a gente bem. Com certeza eu já usei artifícios para manter uma relação, assim como todas as pessoas do mundo.

Vale fazer tudo por amor?
Vale tudo, sim, por amor, quando é leal, sincero, verdadeiro e, principalmente, recíproco. Senão vira uma coisa completamente oposta ao que é o amor próprio, que é só você lutando por algo que está falido. O amor não precisa de sacrifícios.

Você já se apaixonou loucamente?
Já me apaixonei loucamente, gracas a Deus. Sou escorpiana, muito intensa. Acho que isso é combustível para a vida. Aprendi a dosar, dei novos significados para o que é amor e para o que é paixão. A gente tem uma ideia de que o amor tem que doer, essa coisa muito romântica dos livros e filmes, que tem que ter dificuldade na relação. Não é isso que eu quero para a minha vida, tenho um amor que é reciproco, tranquilo, gostoso de viver e que não é preocupante. Não dá para você viver com esse peso de amar alguém.

Seu namorado não tem ciúmes do seu trabalho?
Não tem... Ele é ator também, entende bem como funciona, compartilha da visão de respeito que eu tenho com a minha profissão. A gente se apoia muito, conversamos sobre o trabalho... Tendo confiança, não precisa se preocupar com ciúmes. Não consigo achar muito normal a relação de posse que algumas pessoas têm nas relações e isso de ter ciúmes do passado, das pessoas que se aproximam, das histórias... Amo ouvir as experiências dele, como foram os outros relacionamentos, e gosto também de criar essa abertura e amizade para contar as coisas que escolho compartilhar. A gente confia um no outro de uma forma leve.

Quando e como você descobriu que queria seguir no caminho da atuação?
Sempre tive uma curiosidade bem atenta ao funcionamento das coisas que envolviam ser ator. Fui ao teatro quando criança menos do que eu gostaria, mas me lembro de como aquilo me levava para outro lugar e sempre me dava vontade de fazer parte. Comecei a amadurecer mais esse desejo quando tive que decidir o que iria estudar. Minha família me apoiou muito.

Nunca pensou em fazer outra coisa da vida?
Já! Durante o vestibular, na faculdade, na rotina de testes e nos repetidos "nãos". Enquanto fazia pré-vestibular, tinha a opção Artes Cênicas em mente, mas também tinha outros cursos como opção. O tempo foi passando e eu fiquei mais certa de que queria ser atriz. Cheguei a cursar estética junto com a faculdade de artes cênicas, vendi brigadeiro... Mas eram só segundas opções. A primeira sempre foi ser atriz. Mesmo que não pagasse as minhas contas, nunca deixaria a atuação de lado.

Quem é a Giovana Cordeiro por trás das câmeras?
Às vezes muito mulher nas suas questões e vontades. Tenho uma ânsia por liberdade e independência que me fez amadurecer antes da hora em alguns aspectos, mas ao mesmo tempo essa liberdade tem a ver com um lado bem moleca de querer que a vida seja mais leve e mais fácil de viver.

Existe uma palavra que te defina? Qual?
Talvez otimismo. Tenho uma tendência a achar que as coisas têm uma probabilidade maior de darem certo do que errado. Sempre foi assim na minha vida. Acredito muito que as coisas vão melhorar. Faço esse exercício de ser positiva e funciona porque a gente tem mais paciência com os momentos difíceis, aceita que eles são necessários, e aí procuro achar soluções para sair disso, em vez de que ficar remoendo sensações e situações ruins.

Você já teve cabelo alisado. O que te fez investir na transição capilar?
Nunca achei que meu cabelo fosse feio. Achava que o liso era mais bonito e que dava menos trabalho. Naquela época, muita gente acreditou nisso... Agora, a gente tem mais informação sobre o cuidado com o cabelo cacheado. Assim, fiquei curiosa para ver como ficaria com os fios naturais. Nem lembrava mais! Mas aí eu parei de fazer a progressiva e fui entendendo como cuidar dele.

Como é manter o cabelo cacheado com franja?
Com o tempo e a prática, a gente entende como fica melhor e acaba que se torna mais fácil manter. Tive esse momento com a franja, mas, agora, já tiro de letra. Esquenta muito, mas prendo de uns jeitos que gosto e tá tudo certo.

Na maquiagem, de que você não abre mão?
Quando eu decido usar uma make, o que não pode faltar é corretivo para as olheiras e máscara de cílios. No dia a dia, é protetor solar,, além desses dois cosméticos.

Como está sendo morar sozinha pela primeira vez?
Estou amando! A minha meta de vida era trabalhar com o que escolhi e ter o meu espaço, minha casa do meu jeito. Estou construindo isso aos poucos e tem sido muito gostoso. Além da liberdade de ter as coisas do seu jeito e no seu tempo também.

Você já disse que sempre foi marmiteira. Ainda é?
Agora tem ficado mais difícil, mas é um hábito que preciso retomar. Se pudesse, comeria comida feita em casa todos os dias. Amo e é muito mais saudável.

Já aprendeu a cozinhar?
Sempre soube. Morando com a minha mãe, eu e minhas irmãs sempre tivemos que cozinhar. Minha irmã mais velha assume esse posto melhor, mas a gente sempre fez tudo em casa. Agora, sozinha, não tem jeito, tenho que fazer. Não é uma habilidade que eu posso dizer que domino (risos), mas me viro bem.

E os afazeres domésticos?
Sempre tiro um dia da semana para fazer uma faxina mesmo. Tem semana que vou em casa só de passagem e/ou para dormir, e aí, quando vejo, parece que passou um furacão. Então, volto a organizar tudo para começar bem a semana. Estar num ambiente bagunçado me dá a sensação de que a vida toda está desorganizada também.

O que mais te faz feliz e o que te tira do sério?
Dormir e acordar cedo têm o poder de me deixar muito feliz. Estar com nada pendente comigo e com os outros também é muito bom. Agora, se tem uma coisa em comum entre a grosseria, a falta de educação e a falta de carinho com as pessoas é o que me tira do sério. Fico um tempo para me desvincular dessa energia depois que isso acontece. Acredito que há tantas maneiras mais positivas de tratar os outros... Tem gente que escolhe a que mais machuca. Isso me deixa muito mal mesmo.