Otaviano Costa  - Divulgação/Dessa Pires
Otaviano Costa Divulgação/Dessa Pires
Por O Dia
Otaviano Costa tinha dez anos de Globo quando, em maio do ano passado, optou não renovar seu contrato com a emissora. Decidiu investir na internet, mas no meio do caminho veio uma proposta ousada para comandar o 'Extreme Makeover Brasil', no GNT. Apresentador bem-sucedido e dono de uma pequena fortuna por conta do mercado publicitário, ele está casado há 13 anos com Flávia Alessandra. Ciumento assumido, Otaviano diz que segura a onda ao ver cenas da mulher aos beijos com um colega de profissão, mas com as filhas o buraco é mais embaixo.
Você ficou cinco anos apresentando o 'Vídeo Show' e nunca escondeu o desejo de ter um programa solo. Veio o 'Tá Brincando', que só teve uma temporada e aí você saiu da Globo. Essa chegada a internet significa o que na sua carreira?
Significa transformação. Um embarque definitivo para o futuro. As pessoas mudaram, o modelo de consumo mudou e as multiplataformas, lideradas pela internet, viraram fonte ininterrupta desta mutação que exigiu de mim, uma reflexão de onde e como eu queria estar, diante de toda esta revolução. Agora sem um contrato que tenha exclusividade, posso ampliar minhas possibilidades artísticas e comerciais. Ter um canal no YouTube virou foco principal nesta estratégia de posicionamento digital e artístico. Mas tem outras coisas acontecendo simultaneamente também, além do canal, como meu retorno ao Grupo Globo e coisas novas que contarei em breve. Mas voltando ao canal eu e o Diego Senra (meu empresário) chegamos à conclusão que precisávamos investir de verdade nesse novo mundo e aí contratei uma ótima equipe de experientes e talentosos profissionais, que vieram da TV e outros da internet. Construí um estúdio enorme para me atender em várias frentes de produção de conteúdo, especialmente para o meu canal.
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O que aconteceu de fato com o 'Tá Brincando' ?
O 'Tá Brincando' cumpriu lindamente sua missão e metas. Em termos de audiência, ele ficou com a mesma média do programa antecessor. Comercialmente teve uma excelente performance, com dois patrocinadores (um deles, o banco que é meu parceiro há muitos anos) e em termos de conteúdo, era único e a repercussão foi também uma segunda temporada, mas sem prazo exato de exibição. Aproveitei que havia uma janela de renovação contratual, e decidi não fazê-lo para poder, finalmente, estar disponível para esta imersão digital que há tempos me provocava.
As tardes da Globo nunca mais foram as mesmas depois que o 'Vídeo Show' foi perdendo a força até sair da grade. Na sua opinião o que aconteceu?
O 'Vídeo Show' estava há anos no ar. Sofreu algumas mutações em seu formato, tentando sempre atender a demanda do público e estabilidade de sua audiência. Acredito que a Globo deve ter feito uma profunda pesquisa para determinar a sua extinção. Mas o Grupo Globo está se transformando e com certeza, fez o caminho mais apropriado para sua estratégia de programação e posicionamento.
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Se você tivesse um convite para apresentar um programa semanal, como seria esse programa?
Com a minha cara e com os pilares que acredito serem fundamentais para o sucesso de um programa/conteúdo: espontaneidade, autenticidade e identidade. Digo isto especificamente sobre quem estará em sua apresentação.
Corre nos bastidores que você fatura muito mais fora como apresentador de eventos em grandes empresas e que também é muito requisitado por conta da sua credibilidade. É verdade?
Há anos tento sempre manter uma base sólida de relacionamento com marcas e clientes, que acreditam no meu potencial e no resultado de meus trabalhos. E o resultado, é que acabo criando um 'ecossistema' de possibilidades e negócios, que em 360 graus, geram oportunidades muito interessantes e distintas para os meus negócios do entretenimento. E o segmento de grandes eventos corporativos se tornou sim, há anos, um ambiente de bons negócios para minha carreira.
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O que tem verdade sobre Extreme Makeover Brasil? Você vai apresentar e até onde você participa desse projeto?
Sim, estou à frente da apresentação do 'Extreme'. E além disso, o GNT me convidou também para fazer parte do processo de curadoria do conteúdo do formato, que em conjunto com os times do próprio canal e da Endemol, buscamos alinhar todas as prioridades, como a escolha das famílias, das casas, dos arquitetos e muitas outras coisas.
Você e a Flávia Alessandra estão casados há 13 anos e formam um dos mais antigos casais. Existe alguma fórmula?
O dia a dia molda o relacionamento. O casamento é uma joia que precisa ser polida, tratada com carinho e admirada, todo santo dia. E isto é fundamental para que o valor e o brilho (desta joia), sempre continuem gerando respeito, amor e admiração, independentemente das oscilações comuns de qualquer casal.
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É verdade que assim que você viu a Flávia Alessandra bateu uma paixão à primeira vista?
Sim! Ela é muito especial. Mas o que mais me chamou a atenção, depois de sua beleza estonteante, foi o seu humor. Brinco que foi 'bom humor à primeira vista'. Me ganhou sorrindo.
Vocês brigam?
Claro que sim! Somos acima de tudo, um casal de verdade. Um casal cheio de personalidade, ideias e vontades. Nos parecemos em muita coisa, mas divergimos em tantas outras e isto é perfeito! Mas o respeito e eterna vontade de fazer o casamento dar certo, são gigantescos.
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Nunca teve ciúmes real da Flávia com um colega de profissão?
Sim, mas quando sinto que o ciúme está no tom errado, 'puxo o flap' e descolo o sentimento do ofício da minha mulher, grande atriz, q está ali a trabalho e exercendo o que mais ama fazer. Não posso atrapalhar sua jornada profissional. Nem desejar a 'morte' do colega dela, em cena. (risos)
Você é muito cantado?
Flávia brinca que sou cantado sem eu perceber. Confesso às vezes não perceber mesmo.
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Como é ser pai de meninas?
Pai de meninas é pai de qualquer jeito. Pai pra qualquer hora. Pra qualquer sentimento. Menina te traz o chamego, o xodó, o amor puro amor. Pais de duas. Paz de espírito. Elas são tudo pra mim.
Você tem ciúme das filhas, especialmente da Giulia por conta dos namorados?
Sim, mas neste aspecto a Flávia ajuda a 'temperar' meu pavio curto e sangue quente. Sou o tipo de 'sogro' que joga videogame com o genro, mas se vacilar, jogo o genro pela janela! (risos)