Roberto Carlos - Divulgação
Roberto CarlosDivulgação
Por O Dia
Nesses últimos dez dias, um dos assuntos mais recorrentes tem sido as lives... Ufa, essa coluna chega a ficar cansada só de pensar o quanto de entretenimento, informação e polêmica se gerou. E chegamos a uma conclusão: como tudo o que é novidade, elas geram euforia, tensões, exageros e lições. Mas tudo vai se alinhar. É uma questão de tempo.
A presença tão marcante do YouTube como uma das fontes principais de entretenimento inédito não era algo comum no Brasil; os cantores faziam seus shows Brasil afora, alguns tinham seus especiais na TV, mas nunca se tinha visto mega produções como as que foram feitas nos últimos dias. O fato de não serem corriqueiras gerou grandes problemas como determinar o que era e o que não era permitido, deixando muita gente com os ânimos exaltados. Vale lembrar que a TV não começou como vemos hoje, afinal, o principal meio de entretenimento era o rádio. Tudo foi se adequando no decorrer do tempo, inclusive com regulamentações sendo criadas para proteger o telespectador, o artista e a própria TV. Isso fez com que a televisão se tornasse a grande potência que é hoje.
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Não há como negar que o YouTube e as redes sociais seguem o mesmo caminho. Tanto que no último domingo (19) aconteceu um fato histórico: a Rede Globo liberou Roberto Carlos para outra mídia que não pertence ao seu grupo - Roberto até chegou a gravar um DVD para antiga MTV, mas o material nunca foi lançado.
Se não conseguimos resolver nem a pandemia de coronavírus que é caso de vida ou morte em pouco tempo, o que leva a crer que vamos ajustar o modelo de entretenimento na internet em tempo tão recorde?
Um conselho? Acalmem-se. Todos terão que ceder, cantores terão que se adaptar às regras, mesmo fazendo lives em suas casas e o próprio YouTube com a questão de direitos autorais. Afinal de contas, é válida sim a reivindicação dos cantores de poderem cantar a música de outros artistas sem ter suas lives derrubadas.
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Quando tudo isso começar a entrar nos eixos, com certeza teremos múltiplas possibilidades a favor do público, como a possibilidade de um sistema pay-per-view, onde você poderá comprar produtos e apresentações inéditas de seu artista favorito, assim como para os artistas que terão novas fontes de renda e modelos de apresentações. Vale lembrar que muitos chegam a fazer de dois a três shows por noite, às vezes indo em cidades totalmente opostas no mapa. É rentável? Sim, mas é cansativo e muitas vezes perigoso para os músicos.
De tudo isso, grandes memórias ficarão, como o ineditismo de Gusttavo Lima ao lançar a primeira live, as arrecadações enormes de dinheiro e alimentos que muitos sertanejos conseguiram ou Wesley Safadão fazendo mais de dez horas de apresentação seguidas. Esta colunista confessa que ter Roberto Carlos em pleno abril foi algo que bateu forte no peito. Porque o Rei... ah, ele é sempre o Rei, 'bicho'.
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Dessa pandemia não levaremos só coisas negativas, mas também levaremos o aprendizado de que estamos em constante transformação. Seja ela espiritual, tecnológica ou artística.