Lívia Andrade - Reprodução de internet
Lívia AndradeReprodução de internet
Por O Dia
Acabaram as férias forçadas de Lívia Andrade. A apresentadora, afastada há um mês, retorna nesta segunda-feira (27) ao 'Fofocalizando'. Mas ela não vai estar no comando da atração. Lívia estará no sofá ao lado de Gabriel Cartolano e Mara Maravilha. Chris Flores continua no comando da atração. "Acordei super ansiosa hoje! Estou muito feliz em voltar pra família 'Fofocalizando', eu senti muita saudade dessa equipe. Além do laço profissional, criamos laços de amizade, carinho e respeito. A nossa convivência bem foi super puxada, intensa, mas ao mesmo tempo muito agradável e divertida", disse Lívia à coluna com exclusividade.  A coluna bateu um papo rápido com Lívia Andrade. Confira:
O que você ficou fazendo na quarentena?
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Parei muito pra pensar na vida nessa quarentena. Estava trabalhando num ritmo automático de trabalho. Aquela necessidade frenética de responder todo mundo automaticamente. Esse é um momento para a gente se conhecer, mudar e analisar as situações de fora. Estou há 20 anos trabalhando sem parar no SBT. Nunca fui afastada e fiquei fora do ar. Eu me vi em duas situações extremas na minha vida: sendo afastada do meu local de trabalho que tanto gosto e uma situação caótica no mundo. Uma situação apocalíptica, de filme. Isso tudo veio para a gente aprender. Tem sido muito importante para mim. Valorizar o amor, a amizade, o companheirismo... Ver se você fez ou não as escolhas certas. Eu estou valorizando muito mais o contato com as pessoas. A gente passa tanto tempo na internet e acaba não prestando a atenção merecida às pessoas que estão do nosso lado. Acaba dando uma balançada na roseira. E aí a gente vê quem fica e quem não fica. Essa quarentena tem sido muito especial pra mim.
Ir pro sofá te deixou chateada?
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A minha volta ficou na minha mão. Tivemos várias conversas na semana passada. Tudo foi mudando e eu prefiro sempre esperar. O programa é uma metamorfose ambulante. Eu já entrei num programa que mudava. Eu entrei, o programa foi mudando até chegar no momento em que eu apresentava. Para a volta, eu não recebi uma ordem ou um comunicado. Me perguntaram se eu queria voltar, se eu podia voltar dessa maneira por enquanto. Mas era pra eu voltar apenas se eu me sentisse confortável com essa situação. Essa foi a última conversa, na sexta-feira (24). Eu pensei e me sinto extremamente confortável em voltar dessa maneira. Não me diminui, não me abala e não me entristece. O que me entristece é a situação, a maneira como foi conduzida a situação para a minha saída, para essa punição que eu tomei. Porém,  fico feliz de ter a oportunidade para poder escolher. Estou voltando hoje, sim, para este programa, que é uma metamorfose ambulante. Eu sempre disse que estou apresentadora. Na minha vida, tudo é passageiro. Nada é. As coisas estão. E naquele momento eu estava apresentadora. Mas eu sempre soube que sou uma peça do jogo e sou extremamente descartável nesse jogo. Não sou a dona desse jogo. As peças são colocadas e retiradas de acordo com o gosto do dono do jogo. Sou consciente disso, estou à vontade com isso e respeito isso também. As peças saem e o jogo continua. Eu estou em paz com isso e por isso aceitei voltar. Tudo pode mudar a qualquer momento. Tudo pode acontecer. Sou uma funcionária. O meu salário cai na conta todo mês e eu tô ali pra trabalhar. Eu quero trabalhar e confio no meu patrão, de que ele está tentando fazer o melhor. 
Acha que é demérito estar como comentarista depois de ter sido apresentadora titular?
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Não acho que seja um demérito. Até fiquei surpresa nesse período em que fiquei afastada. Não sabia que tinha um público tão fiel e carinhoso. Eu vi que muitas pessoas assistiam o programa para me ver e, com a minha saída, a audiência foi alterada. Uma pequena parte, mas para mim é um número muito grande de pessoas e de carinho. Me senti importante para este público. Eu estou tranquila. Até porque, se a Chris continuar como apresentadora ou for outra pessoa, aquele é um programa. Muitas pessoas dependem daquilo. Tem uma equipe enorme e a gente tem que achar a melhor fórmula. E se a Chris for a melhor para conduzir o programa eu vou ficar feliz com isso. Tem que buscar realmente a melhor pessoa para conduzir o programa para que ele dê audiência. Gosto demais da Chris. Ela é respeitosa com os colegas, é batalhadora. É muito gostoso estar ali com a Chris e com o Cartolano, enfim... Se ela é melhor do que eu,ela realmente tem que apresentar o programa. E essa decisão não cabe a mim. Eu estou voltando aceitando as regras do jogo.
Do que você mais sentiu falta do programa?
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Senti muita falta das pessoas, da equipe, das risadas... Mas sento mais falta da sensação de entrar na casa das pessoas diariamente. Com esse meu afastamento, eu vi que para algumas pessoas, isso era muito importante. As pessoas faziam café e me mandavam. Senti falta dessa companhia. São pessoas que a gente nem conhece, mas que tem um vínculo. Essa adrenalina de estar ao vivo é muito gostoso. Senti falta da equipe, claro. Passei muito mais tempo com essa galera do que com a minha família. A gente sente falta do que é bom. 
Acha que seu afastamento foi injusto? Ou punitivo demais?
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Eu ainda penso muito sobre isso. Não sei te dizer... Acho que, quando a gente erra, tem que arcar com a consequência do nosso erro. Só não gostei da maneira como foi feita porque pareceu que eu falei o nome da igreja. Pareceu que eu joguei essa carga para a igreja. E mesmo que eu tivesse lido a fake news dando nomes aos bois, eu pedi desculpas por isso. Mas eu não sou dona da emissora e não tomo as decisões. Eu aceitei a punição. Eu sempre procuro aceitar as coisas na vida como elas são. Aconteceu, fui pra casa em paz, tranquila, refleti, analisei... Fiquei p. da vida no início, depois não fiquei mais... Passei a ver a coisa de uma maneira diferente, mas eu nem sei te dizer agora porque ainda tá indefinido isso na minha cabeça, sabe? Só não gostei porque não direcionei o meu comentário para essa instituição religiosa, não direcionei para essa religião específica. Estava falando de uma maneira generalizada e se eu fui culpada, foi por uma fake news que eu não criei. Enfim, é normal. Tem que sobrar pra alguém. Alguém tem que pagar a conta e eu paguei. Acho bem complicado falar sobre isso. Eu não fui punida por Deus. Isso não foi um castigo de Deus. Isso foi um castigo dos homens. A gente se acerta com Deus. Ele é justo e sabe de todas as coisas. Eu, como qualquer outro ser humano, erro. Eu pedi desculpas, mas nem sempre as desculpas são aceitas. Eu nem gosto muito dessa palavra 'desculpa'. Acho que, quando a gente erra, a gente tem que pagar pelo erro e seguir. Tem que estar disposta a melhorar e evoluir. Não adianta pedir perdão e não mudar a atitude. É o que eu vou fazer daqui pra frente: mudar a minha atitude e a maneira de trabalhar e viver. Esse momento me fez mudar bastante. Espero continuar aprendendo, evoluindo e, infelizmente, errando, porque é assim que a gente aprende. Muitas pessoas me mandaram mensagens tristes, como se eu tivesse criado essa fake news ou mostrado a foto, e isso não aconteceu. Mesmo assim, eu assumi o meu erro. Eu acho que fake news é quando você direciona o seu comentário a alguém ou alguma instituição. Quando você dá o endereço, o nome... Então isso pra mim ainda não está bem resolvido na minha cabeça. Posso ter errado sim. Eu não estou na minha casa, o programa não é meu, a emissora não é minha... Eu errei, mas não disseminei uma fake news. Eu não criei uma fake news. Depois eu fui ver a foto. Mesmo assim, ok, tô pagando.Não sou eu que decido se o castigo é pouco ou é muito. Sou profissional e estou aqui pra trabalhar. Se eu não tiver feliz e satisfeita com o meu trabalho, eu vou pedir pra sair. Gosto de trabalhar feliz, em paz. Sou extremamente profissional e gosto que as pessoas sejam extremamente profissionais comigo também. O dia que eu achar que tá demais pra mim ou de menos, eu peço pra sair.