Coluna da Fabia Oliveira - Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Coluna da Fabia Oliveira - Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O DiaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por O Dia
Sou Fábia Oliveira, jornalista, e esse é o meu primeiro e último desabafo.

Me formei em jornalismo pela Universidade Salgado de Oliveira, em 1999. Na faculdade, fiz questão de prestar bastante atenção nas aulas de ética, porque entendi, desde cedo, que ela é a base que sustenta qualquer profissional. De lá para cá, a ética continua sendo um dos pilares do meu trabalho.

Não gosto e não quero mais ser envolvida em polêmicas. Mas, como meu nome vem sendo citado insistentemente, e em respeito aos leitores da minha coluna, é importante reafirmar o que muitos já sabem: nunca fui manipulada, influenciada, direcionada ou usada por famosos. Sou jornalista e eles são celebridades. Ponto. Nunca quis ser amiga de famoso e não sou. Amigo é aquele que frequenta a minha casa e eu a dele.

Nesses anos todos, aprendi que os famosos não são amigos de jornalistas, eles apenas divulgam o que é bom para eles e escondem o que não é marketing positivo. E isso nunca foi um problema, é do jogo. Mas meu trabalho é justamente ir atrás do que o famoso omite e não do que ele gostaria que eu falasse.

É fundamental respeitar a barreira que separa o profissional do pessoal, e essa é a condição básica para que eu entregue a você, querido leitor, um jornalismo imparcial e desapaixonado.

Não tenho rabo preso com ninguém, nunca recebi e nem recebo dinheiro de famoso, de escritório, de cantor ou cantora. Sou digna e imponho respeito. Por isso, toda noite posso deitar a cabeça no meu travesseiro e dormir tranquila.

Quando tive a oportunidade de assumir um espaço no Jornal O Dia - espaço esse que conquistei sem passar a perna em ninguém, somente pelo meu esforço, trabalho e mérito - soube que tentaram me desqualificar, dizendo que eu não estava preparada, que não era apresentável para aquilo... Mas sou muito grata a toda equipe do O Dia que acreditou em mim. Tanto que de 4 milhões de views ao mês - quando assumimos o espaço -, saltamos para 33 milhões em abril. Isso não é por acaso, isso é fruto de trabalho sério.

Sou uma pessoa na minha - e até dizem que sou boba, já que tive a oportunidade de ingressar na Justiça por consecutivos assédios morais que sofri de um chefe. Eram gritos, ofensas, machismo, acusações infundadas. Mas sabem o que eu fiz? Mesmo sabendo que estava no meu direito, deixei pra lá, pois não sou eu que vou fazer mal a quem está de mal consigo mesmo.

Mesmo me calando, já fui julgada nas redes socais como ingrata, comprada, 'a assistente'... Mas sou segura de mim. Nunca precisei vir à público porque sei quem sou. Mas tudo tem um limite, até para meu lado boba. Então, aí vai o meu recado: não usem meu nome para embasar mentiras por achar que eu sou manipulável. Isso aqui é uma coluna, é trabalho, não é a hora do recreio da escolinha.

É vergonhoso tudo o que está acontecendo. Pessoas morrendo em filas de hospitais e um grupo querendo chamar atenção por algo que todos os envolvidos deveriam ter vergonha de fazer parte. Essa é uma coluna de fofoca, mas sobre essa baixaria não será publicada uma única linha.

Para alegria de uns e tristeza de outros, esta colunista seguirá incorruptível e bem distante dos holofotes. Afinal, não sou notícia, sou jornalista, graças a Deus.
À vocês, meus caros leitores, fiquem bem, em casa, desculpem o desabafo e obrigada pela audiência diária. Vamos trabalhar!