Me formei em jornalismo pela Universidade Salgado de Oliveira, em 1999. Na faculdade, fiz questão de prestar bastante atenção nas aulas de ética, porque entendi, desde cedo, que ela é a base que sustenta qualquer profissional. De lá para cá, a ética continua sendo um dos pilares do meu trabalho.
Não gosto e não quero mais ser envolvida em polêmicas. Mas, como meu nome vem sendo citado insistentemente, e em respeito aos leitores da minha coluna, é importante reafirmar o que muitos já sabem: nunca fui manipulada, influenciada, direcionada ou usada por famosos. Sou jornalista e eles são celebridades. Ponto. Nunca quis ser amiga de famoso e não sou. Amigo é aquele que frequenta a minha casa e eu a dele.
Nesses anos todos, aprendi que os famosos não são amigos de jornalistas, eles apenas divulgam o que é bom para eles e escondem o que não é marketing positivo. E isso nunca foi um problema, é do jogo. Mas meu trabalho é justamente ir atrás do que o famoso omite e não do que ele gostaria que eu falasse.
É fundamental respeitar a barreira que separa o profissional do pessoal, e essa é a condição básica para que eu entregue a você, querido leitor, um jornalismo imparcial e desapaixonado.
Não tenho rabo preso com ninguém, nunca recebi e nem recebo dinheiro de famoso, de escritório, de cantor ou cantora. Sou digna e imponho respeito. Por isso, toda noite posso deitar a cabeça no meu travesseiro e dormir tranquila.
Quando tive a oportunidade de assumir um espaço no Jornal O Dia - espaço esse que conquistei sem passar a perna em ninguém, somente pelo meu esforço, trabalho e mérito - soube que tentaram me desqualificar, dizendo que eu não estava preparada, que não era apresentável para aquilo... Mas sou muito grata a toda equipe do O Dia que acreditou em mim. Tanto que de 4 milhões de views ao mês - quando assumimos o espaço -, saltamos para 33 milhões em abril. Isso não é por acaso, isso é fruto de trabalho sério.
Sou uma pessoa na minha - e até dizem que sou boba, já que tive a oportunidade de ingressar na Justiça por consecutivos assédios morais que sofri de um chefe. Eram gritos, ofensas, machismo, acusações infundadas. Mas sabem o que eu fiz? Mesmo sabendo que estava no meu direito, deixei pra lá, pois não sou eu que vou fazer mal a quem está de mal consigo mesmo.
Mesmo me calando, já fui julgada nas redes socais como ingrata, comprada, 'a assistente'... Mas sou segura de mim. Nunca precisei vir à público porque sei quem sou. Mas tudo tem um limite, até para meu lado boba. Então, aí vai o meu recado: não usem meu nome para embasar mentiras por achar que eu sou manipulável. Isso aqui é uma coluna, é trabalho, não é a hora do recreio da escolinha.
É vergonhoso tudo o que está acontecendo. Pessoas morrendo em filas de hospitais e um grupo querendo chamar atenção por algo que todos os envolvidos deveriam ter vergonha de fazer parte. Essa é uma coluna de fofoca, mas sobre essa baixaria não será publicada uma única linha.
Para alegria de uns e tristeza de outros, esta colunista seguirá incorruptível e bem distante dos holofotes. Afinal, não sou notícia, sou jornalista, graças a Deus.