Rede Globo - Reprodução de internet
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Por O Dia
Esta coluna já havia feito uma análise com relação à postura das emissoras abertas sobre suas diversas atitudes racistas, mas após um e-mail enviado pelo presidente executivo do grupo Globo, Jorge Nóbrega, ao seus colaboradores, mais uma vez essa coluna precisa lembrar a emissora do quanto sua dita 'diversidade e inclusão que sempre foram propósitos' são fracas. Elas nunca deixaram de ser só promessas e somente agora, depois da morte de George Floyd e os imensos protestos que assolam os Estados Unidos, exemplo citado pelo executivo, é que esses dois propósitos segundo o mesmo 'atrairão ainda mais a nossa atenção, serão ainda mais objetos de nossos esforços e estarão ainda mais entre nossas prioridades'.
Pois bem. Em uma pesquisa básica, vamos falar um pouco da atual programação em rede da Rede Globo,  principal ativo do grupo, e entender o que quis dizer José Nóbrega com seu 'ainda mais'. Hoje, sexta-feira, das 4 horas da manhã até as 01h26min da manhã, já na madrugada de sexta para sábado, são 9 apresentadores brancos titulares, misturados entre entretenimento e jornalismo e apenas uma apresentadora preta titular em suas mais de 20 horas de programação. Glória Maria, que semanalmente apresenta o 'Globo Repórter' ao lado de Sandra Annemberg, está afastada por problemas de saúde.
Vamos ser mais detalhistas, porque somente em cinco dias da semana, a emissora consegue manter sua precária 'diversidade e inclusão', já que Maju Coutinho é a única representante preta na atual programação a estar à frente de um programa em rede, mas só é garantida de segunda a sexta, ocasionalmente faz plantões aos sábados. E acreditem, meus caros leitores, aos domingos a emissora não tem NENHUM preto em sua grade.
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É uma vergonha! Não existe esse 'ainda mais' citado por três vezes no inicio do texto, com o intuito de mostrar intensidade, por José Nóbrega. A Rede Globo engatinha quando se fala em 'diversidade e inclusão'. Apesar do alvoroço que faz da boca para fora, é mestra quanto à postura racista, deixando claro que assuntos como a causa preta só geram interesse de seus executivos e diretores quando uma grande causa abala o mundo - os mais de 135 pretos que morrem por homicídio diariamente no país não fazem surtir os mesmos estimulo e efeito. Usar o nome de George Floyd para maquiar um racismo estrutural que existe na empresa chega a ser desumano e nós deixar sem ar.
Segue, abaixo, o e-mail enviado aos colaboradores da TV Globo: 
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