Estou me cuidando o máximo possível. Fico praticamente em casa e só saio no caso de muita necessidade e cercado de segurança como máscara e álcool em gel. Em casa, limpamos tudo com cloro e álcool 70. Não podemos dar mole e temos que nos prevenir desta doença terrível.
Triste. É um mal cultural do Brasil, infelizmente, e principalmente nesta área pouco necessária que é a cultura. Quando eu falo pouco necessária, falo na questão de importância que muitos setores dão para a nosso área, mas para nós, artistas e amantes da arte, a cultura é vital.
Uma pessoa adorável. Começamos praticamente juntos no teatro em São Paulo: ele no Teatro de Arena e eu no Cacilda Becker. Depois, começamos juntos também na televisão. Um ser humano incrível e não havia como não gostar dele. O sacrifício dele em nome da história, que abriu mão da própria vida, para se manifestar. Foi triste e um baque para todo mundo que conviveu com ele.
Eu fiquei sem chão. Nunca tive problemas com a emissora e considerava a Globo como a minha casa. Na verdade, ainda considero muito a emissora, onde trabalhei bastante. Eu saía de um trabalho e entrava no outro e isso quando não fazia dois ao mesmo tempo. Tenho muito amor, respeito e gratidão pela Globo. Mas, desde 2013, eu não era mais chamado para trabalhar...
Eu era funcionário e eu estava sempre à disposição. Fazia parte de um elenco e eu não tinha que ficar correndo atrás de um autor ou de um diretor. Isso eu não fiz e não iria fazer. Sinceramente, eu não sei por que não me chamaram durante sete anos. Passou. Mas eu sempre fui escalado.
Não sei por que ele não gostava de mim. Não gostava e talvez porque eu era baixinho (risos). Mas, acredito que tenha a ver com a Cleyde Yáconis (morta em 2013), que foi minha mulher e grande amiga do Silvio. Eu me apaixonei e perdi uma mulher maravilhosa. Ele [Silvio de Abreu] era muito amigo dela, viu o quanto a Cleyde sofreu e ficou com raiva de mim. Pode ser isso. Eu só sei que eu não tenho raiva de nada.
Fiquei triste.
Não. Nunca tive um dos salários mais altos porque eu era CLT. Eu era funcionário e o meu contrato era por prazo indeterminado.
Sinceramente, eu não sei. Fui demitido no início da pandemia e fiquei perdido. Ainda estou. Tenho que pensar melhor, tenho que conversar com a minha mulher Marilene (Saade) e decidir.
Enquanto eu respirar, quero fazer as coisas, quero trabalhar. Não tenho nenhum personagem, mas eu gostaria de interpretar o Fausto, de Goethe (um médico que se tornou rico e famoso por ter feito um pacto com o diabo) e todos nessa linha de personagens que transcendem. Eu gosto desses estudos de procurar o que está por trás da vida. Isso me fascina.
Qualquer coisa frustrante, uma perseguição ou uma injustiça. Não fazer o meu trabalho também me tira do sério. Eu não gosto de me defender e nem sei, mas eu sou um ator que sei do meu ofício e não paro de estudar. Leio textos.
Está tudo parado por conta dessa pandemia, mas eu tive duas propostas de trabalho: uma no teatro e outra no cinema. Fui chamado para interpretar um juiz mau-caráter no filme 'Obscuro, um caminho sem volta', de Alessandro Barcellos, que me interessou bastante. Eu li o primeiro tratamento do longa e estou esperando sair o segundo. Na verdade, esse filme foi pensado para uma série da Netflix, mas a Netflix só compra a história depois que é tudo gravado e aí a direção preferiu fazer primeiro o filme e depois ver a possibilidade de virar mesmo uma série.
Eu sou um bom cozinheiro. Faço pratos incríveis! Gosto muito de fazer massas. Faço também todo tipo de carnes e o pessoal gosta muito do meu cuscuz marroquino. Sei costurar porque a minha mãe foi costureira, mas nunca pensei em ser um alfaiate.
Agricultor. Eu gosto muito de cuidar da terra e de plantar. Eu sou da roça, um bicho do mato como diz a minha mulher, Marilene. Outra profissão que me fascina é o químico: eu gosto de misturar as coisas, de conhecer, de experimentar e de criar.