Bruno De Simone entrevista Felipe Heiderich - Divulgação
Bruno De Simone entrevista Felipe HeiderichDivulgação
Por O Dia
Em entrevista para o canal 'Na Real', do youtuber Bruno de Simone, o pastor Felipe Heiderich falou sobre a sua vitória na Justiça, que o absolveu em segunda instância da acusação de abuso sexual contra o enteado e filho de sua ex-mulher, a pastora Bianca Toledo.
O pastor, que chegou a ser preso em 2016 por cinco dias e que aguardava em liberdade o julgamento do caso, agora comemora a decisão do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Rio, que o inocentaram por unanimidade, pela ausência de provas. "É uma sensação inédita para mim. Eu passei quatro anos em sofrimento absoluto. Por mais que eu acreditasse na vitória, quando ela chega, ela tem um sabor de mel", contou.
Publicidade
Na entrevista, Felipe analisou as semelhanças que, segundo ele, existiriam entre o seu caso e o da pastora e deputada federal, Flordelis, acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. "Quando começou se desenrolar o caso (da Flordelis), eu evitei ver. Depois, começou a surgir uma curiosidade, e quanto mais eu estudava o caso, mais eu via uma semelhanças muito grande. Mesmo muita gente tendo dito: 'Você é um caso que deu certo, você não morreu, você está vivo', é impossível desvincular um caso do outro, até porque elas eram amigas. A Flor apoiou muito a minha ex-mulher, quando tudo aconteceu."
No caso de Felipe Heiderich, testemunhas afirmaram em juízo que teriam ouvido de Bianca Toledo que o ex-marido morreria no hospício ou na cadeia, para que não houvesse divisão de bens entre eles. O pastor então revelou uma situação que poderia ter sido uma tentativa de assassiná-lo, antes mesmo de sua internação. "Sobre já ter tentado me matar antes, eu não posso afirmar, mas uma vez eu tive que parar no hospital, porque eu estava comendo uma comida que havia sido preparada para mim, e minha boca começou a sangrar. Quando eu passei a mão na gengiva, tinha pó de vidro. Eu não posso dizer que já tentaram me matar antes, mas eu já peguei pó de vidro, durante o período em que eu estava casado, exclusivamente na minha comida", revelou.
Felipe Heiderich e Bianca Toledo  - reprodução internet
Felipe Heiderich e Bianca Toledo reprodução internet

Sobre a disputa pelos bens adquiridos durante o seu casamento com Bianca, Felipe afirma que parte do patrimônio acumulado pelos dois já foi gasto pela pastora. Ele ainda negou a versão de que os bens do casal seriam todos herdados da família de sua ex-mulher. "Pelo jeito dela se vestir, todo mundo fala que ela era milionária. Quando eu a conheci, ela pagava aluguel e tinha um carro bem velhinho. Eu já tinha meu apartamento, então quando nós casamos, construímos um bom patrimônio, eu sempre fui um bom administrador. E quando isso tudo aconteceu, ela tinha uma ordem de restrição, e eu não pude voltar para minha casa para pegar nada. O juiz de família demorou quatro anos para dar a sentença da divisão dos bens, e ela já tinha delapidado a maioria do patrimônio, então muita coisa eu nunca vou recuperar. Mas o juiz disse que a casa e todo o dinheiro que tínhamos aplicado é metade de cada um. Essa foi a decisão, mas obviamente ela faz tudo pensando no dinheiro, então ela está recorrendo. Há um interesse dela de que eu fique o mais tempo possível sem obter nada, e aí ela vai contar a história de que sempre foi tudo dela, por isso ela está com os bens", explicou.
Publicidade
Felipe também falou dos processos que move contra a ex-mulher e avaliou a possibilidade de Bianca vir a ser presa. "Eu acredito que grandes penalidades ela não vai ter. A indenização milionária vai acontecer, porque ela parou minha vida por quatro anos, então não só deixei de produzir como eu perdi tudo. Inclusive por todo o estrago, humilhação e os traumas que foram gerados. Ela pode ser presa a partir do momento que começar a finalizar o processo de sequestro e cárcere. Isso, sim, é um crime gravíssimo que já está no Ministério Público, com provas cabais, ao contrário dela.", afirmou.
O pastor desabafou sobre o meio evangélico, especificamente sobre aqueles que eram mais próximos a ele, e que, segundo Felipe, não demonstraram nenhum apoio durante o seu longo processo. "Eu não senti solidão porque minha família me apoiou de uma forma absurda. Mas eu senti muita dor pela igreja, porque eu não tive apoio nenhum. A minha tristeza é pelos que frequentavam minha casa e não se manifestaram.", lamentou.
Publicidade
Heiderich também falou sobre o seu livro biográfico, que contará fatos inéditos de toda a experiência vivida por ele, e que será lançado no início de 2021. "O livro vai narrar tudo que eu ainda não falei e que só vou falar no livro. Vão ter fotos, imagens, desenhos que eu fiz da prisão, do hospício, detalhes dos sentimentos, das coisas que eu ouvi, dos rituais de tortura.", antecipou.
A entrevista completa com o pastor Felipe Heiderich já está no ar no canal 'Na Real', no Youtube.
Publicidade