Por O Dia

Hoje, começamos a Semana Santa. Com a entrada de Jesus em Jerusalém, a liturgia nos convida a participar da alegria do povo que é capaz de aclamar e louvar o seu Senhor. Alegria que esmorece, dando lugar a um sabor amargo depois que ouvimos a narração da Paixão. Nesta celebração, cruzam-se histórias de alegria e de sofrimento, de erros e sucessos que fazem parte da nossa vida diária, porque conseguem revelar sentimentos e contradições em nós: somos capazes de amar muito... mas também de odiar; capazes de sacrifícios heroicos, mas também de lavar as mãos. Jesus entra em Jerusalém rodeado por cânticos e alegria. É o grito de homens e mulheres que o seguiram, porque experimentaram a sua compaixão à vista do sofrimento e miséria deles. É o cântico e a alegria espontânea de tantos marginalizados que, tocados por Jesus, podem gritar: "Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!".

Mas essas aclamações de alegria incomodam. E, então, nasce o grito da pessoa a quem não treme a voz para bradar: "Crucifica-o!". Não é um grito espontâneo, mas um grito construído, que se forma com o desprezo, a calúnia, a emissão de falsos testemunhos. Perante todas essas vozes que gritam, o melhor antídoto é olhar a cruz de Cristo. Ele morreu, gritando o seu amor por cada um de nós. Na sua cruz, fomos salvos para que ninguém apague a alegria do Evangelho. Fixemos o olhar na cruz e peçamos a graça de contemplar o mistério desta Santa Semana.

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