Por O Dia
O rápido desenvolvimento das tecnologias no campo dos meios de comunicação é, seguramente, um dos sinais do progresso da sociedade contemporânea. Hoje, a mídia é um permanente desafio às instituições preocupadas com a formação ética e moral das sociedades.
Atenta às mudanças do seu tempo, a Igreja celebra hoje, no Domingo da Ascenção do Senhor, o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Há mais de 50 anos, instituído durante o Concílio Vaticano II, os pontífices escrevem uma mensagem para essa data.
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Neste ano, a mensagem do Papa Francisco tem como tema "Somos membros uns dos outros" (Ef 4, 25): das comunidades de redes sociais à comunidade humana". O reconhecimento de que somos membros uns dos outros, está baseado na premissa de que não há comunicação técnica se antes não houver a interação humana.
O Papa evidencia a ideia de que a comunicação não pode se reduzir aos instrumentos técnicos de produção e transmissão de mensagens, mas deve contemplar o processo de relacionamento entre os seres humanos.
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Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, não se pode negar que ela se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente dos fatos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair em descrédito. As fakenews são uma ameaça real, que invalida importantes trabalhos realizados na Rede.
Esta realidade coloca várias questões de caráter ético, social, jurídico, político, econômico, e interpela também cada um de nós. Enquanto cabe aos governos buscar as vias de regulamentação legal para salvar a visão originária de uma rede livre, aberta e segura, é responsabilidade ao alcance de todos promover um uso positivo da mesma.
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A comunicação em rede deve abrir o caminho ao diálogo, ao encontro, ao bem comum. Que o Dia Mundial das Comunicações Sociais seja mais uma oportunidade de refletir como estamos nos comunicando.
Padre Omar é reitor do Santuário do Cristo Redentor do Corcovado