A bicampeã olímpica de vÃŽlei Jaqueline está de volta às quadras pelo Osasco-Audax - João Pires / Fotojump/ Divulgação
A bicampeã olímpica de vÃŽlei Jaqueline está de volta às quadras pelo Osasco-AudaxJoão Pires / Fotojump/ Divulgação
Por ANA CARLA GOMES

Ainda adolescente, Jaqueline deixou Recife, sua terra natal, em direção a São Paulo, para a sua primeira passagem pelo Osasco, entre 1999 e 2004. Ela voltou ao clube paulista entre 2009 a 2013, onde conquistou, ao todo, quatro títulos da Superliga. Aos 35 anos, consagrada como bicampeã olímpica de vôlei, ela está de volta ao time que considera a sua casa, para defender o Osasco-Audax na temporada 2019/20, após um ano afastada das quadras.

"A lembrança que eu tenho da primeira passagem foi da minha evolução, de como eu cheguei. Eu não conhecia nada em São Paulo e o Osasco me recebeu de braços abertos. Sempre fui muito bem recebida e foi um clube que me fez evoluir e chegar à seleção brasileira. Eu sou muito grata e estou muito feliz em ter retornado", conta.

A ponteira conta ainda estar muito familiarizada com o clube: "Além de já conhecer a estrutura e saber que as pessoas me querem muito bem, querem que eu esteja bem também. Então, estar retornando à minha casa, onde eu comecei, é uma alegria enorme".

Sua relação com o clube paulista tem ainda um lado especial. No post em que Jaque anunciou sua contratação pelo Osasco, o marido, Murilo, se declarou: "Foi lá que eu te conheci!!! Te amo e arrebenta!". Dessa união, nasceu Arthur, hoje com cinco anos.

Jaqueline jogou pela última vez na temporada 2017/18, pelo Barueri: "Fisicamente eu ainda tenho que melhorar muito, porque não estava treinando. Estava na areia, mas parei um tempo depois. Estou quatro meses sem treinar com bola e aí precisa ser algo bem tranquilo o retorno às quadras".

Por isso, Jaque trata a volta com cautela: "Não dá para dar um passo em cima do outro sem antes fortalecer a musculatura para chegar aonde as meninas já estavam treinando. Pelas cirurgias que eu tenho no joelho, é necessário bastante cuidado para depois poder ajudar a equipe".

Em julho de 2018, Jaqueline chegou a se despedir da seleção brasileira, para se dedicar mais à família. Mas, quando o assunto é um possível retorno à equipe nacional, a bicampeã olímpica prefere não ser radical: "Nunca fui de fechar as portas para nada, nem nos clubes onde eu passei, nem na Seleção, local onde eu evoluí e cresci. E o futuro só a Deus pertence. Mas eu penso mesmo em estar bem, jogar essa temporada, fazer o meu melhor para ajudar a equipe e, dependendo de como for, só Deus sabe. Então não dá para falar: "eu quero" ou "eu não quero"; porque é necessário pensar no futuro e de como eu vou estar também".

Aos 35 anos, a ponteira também prefere não fazer planos sobre uma despedida definitiva das quadras: "Infelizmente, as pessoas só pensam em aposentadoria. Enquanto estiver bem fisicamente e puder ajudar a equipe em que for atuar, eu vou jogar. Existem outras jogadoras mais velhas que estão jogando e estão dando show. Admiro muito essas jogadoras e me espelho demais".

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