Ricardinho Maringá Vòlei - reprodução instagram
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Por O Dia
O projeto do time de vôlei de Maringá, um sonho do campeão olímpico Ricardinho que saiu do papel na temporada 2013/2014, foi lançado com alegria há sete anos. Mas agora o sentimento é bem diferente para o levantador que marcou a geração dourada dos Jogos de Atenas (2004). No meio da disputa da Superliga 2019/2020, a equipe paranaense sofreu com a falta de repasses do patrocinador e, diante da crise financeira, perdeu vários jogadores como o experiente Lorena. Assim, aos 44 anos, Ricardinho voltou às quadras, como forma de dar apoio aos que ficaram e de levantar bandeira como líder do grupo.
"Sinto uma amargura gigantesca. No momento em que mais precisei, não escutei ninguém. Fico entristecido", admite Ricardinho, ao lembrar da trajetória do projeto iniciado há sete anos. "Meu retorno é também para levantar uma bandeira, para sairmos da zona de conforto. Ficamos com oito jogadores, contando comigo, e o que esses meninos estão vivendo é algo surreal. Não podemos deixar as coisas pairando no ar, sem gerar desconforto", desabafa o campeão olímpico.  
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Ricardinho se aposentou em 2017, mas fez uma partida no ano passado quando substituiu um levantador do Maringá Vôlei que estava doente. Outra tristeza do levantador é o fim do projeto social que mantinha na cidade, atendendo 400 crianças. "É uma tristeza para o nosso esporte que já deu tantos títulos para o país", lamenta.
Ele conta que há uma promessa do patrocinador de acertar as pendências até o fim deste mês e admite ser muito remota a possibilidade de manutenção da equipe em Maringá: "Tenho algumas propostas de outras cidades e estamos conversando".