O presidente Jair Bolsonaro entrega a proposta de reforma da Previdência dos militares ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. - J. Batista / Câmara dos Deputados
O presidente Jair Bolsonaro entrega a proposta de reforma da Previdência dos militares ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.J. Batista / Câmara dos Deputados
Por Herculano Barreto Filho

Rio - A procura por fundos VGBL, PGBL e por planos tradicionais de previdência disparou. Em janeiro deste ano, o aumento foi de 18,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. O dado consta no levantamento feito pela Conjuntura CNseg, divulgado nesta semana. O estudo traz os números do segmento e ainda faz uma análise da influência de aspectos econômicos, políticos e sociais no mercado segurador do país. A alta reflete a preocupação do brasileiro de garantir uma renda complementar na aposentadoria, com base na previsão da reforma da Previdência (na foto, o momento da entrega da proposta na Câmara). Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro falou em 'jogar pesado' na reforma da Previdência.

Mas esse não foi o único segmento que registrou alta no primeiro mês do ano. Os seguros de Vida e de Acidentes Pessoais tiveram crescimento de 16,2%. Somados, já contabilizam R$ 38,4 bilhões (quase 16% da arrecadação geral), mais do que a arrecadação dos seguros de automóveis, de R$ 35,8 bilhões, que representa 15% da arrecadação geral.

Com alta de 14%, os seguros patrimoniais também tiveram destaque. Os títulos de capitalização cresceram 10% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

CAUTELA

Marcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), recomenda cautela em relação ao desempenho positivo. Segundo ele, a performance do setor em janeiro do ano passado foi de insegurança por causa da incerteza causada no período eleitoral. "Neste primeiro mês do ano, o mercado de seguros teve comportamento substancialmente melhor do que o mesmo do ano anterior, revelando resiliência ao ciclo econômico ainda baixo", argumentou.

ARRECADAÇÃO PROMISSORA

A série móvel de 12 meses, encerrada em janeiro, também trouxe resultados positivos. A arrecadação do período foi de R$ 243,1 bilhões (sem o Seguro DPVAT). As provisões técnicas que garantem os riscos ultrapassaram a barreira de R$ 1 trilhão. “Símbolo da solvência setorial e importante alavanca de desenvolvimento”, explica Coriolano, em editorial que assina na publicação.

No segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro de Automóveis teve relativa estabilidade (-0,1%) na mesma comparação da série móvel de 12 meses. Outras modalidades registraram desempenho representativo na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano anterior: Responsabilidade Civil (38,5%) e Transportes (14,3%), ampliando a diversificação de negócios.

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