Rosa Fernandes  - Paloma Savedra / Agência O Dia
Rosa Fernandes Paloma Savedra / Agência O Dia
Por PALOMA SAVEDRA
Professores ativos do Município do Rio não receberam o pagamento de um terço das férias junto com o depósito do salário de dezembro, nesta terça-feira. Mas, segundo o secretário de Fazenda, Cesar Barbiero, o crédito pode cair na conta dos educadores na quinta-feira, dia 9. Barbiero declarou isso aos vereadores em reunião que ocorre na tarde desta terça.

Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, a vereadora Rosa Fernandes (MDB) relatou à imprensa algumas declarações feitas por Barbiero no encontro. Na ocasião, o secretário disse que o município tem em caixa, hoje, R$ 966 milhões. E Barbiero sinalizou a expectativa de entrada de mais receita no caixa do Rio ao longo desses dias.

O responsável pela Fazenda municipal também ressaltou aos parlamentares que o pagamento do funcionalismo será feito em dia. Mas apontou a operação de securitização de dívidas do município como a principal medida para injetar recursos em caixa, apesar de detalhes dessa transação não terem sido divulgados.

“O secretário apresentou uma série de dados, de números que demonstram que não há grande preocupações com 2020. E está apostando na securitização como principal forma de arrecadação. Não há preocupação com o pagamento de servidores”, disse a parlamentar.

Rosa Fernandes, porém, chamou atenção para os gastos que o governo já vem fazendo no início deste ano. “Fazendo uma análise, por mais que haja arrecadação, principalmente agora com o IPTU, se não houver o cuidado de se aplicar corretamente os recursos, corremos o risco de termos a mesma angústia (do ano passado). Estamos levantando o DO do final de dezembro e início deste mês de janeiro e há uma série de praças para serem reformadas, entre outras despesas, e o município já começa o ano pagando o que não é prioridade.

Mais de R$ 2 bi de restos a pagar

Outra preocupação colocada pelos parlamentares na reunião são os restos a pagar (dívidas oriundas de anos anteriores). De acordo com os dados apresentados por Barbiero, o número já chega a mais de R$ 2 bilhões. Ainda assim, ele declarou que não haverá atraso de salários.