Manifestante do 'fridays4future' em frente à Alerj reivindicam cuidados com o Meio Ambiente - Marcio Isensee e Sá/ O Eco
Manifestante do 'fridays4future' em frente à Alerj reivindicam cuidados com o Meio AmbienteMarcio Isensee e Sá/ O Eco
Por Felipe Rebouças*

Rio - Idealizado pela jovem sueca Greta Thunberg, de 16 anos, o movimento ambientalista 'fridays4future' tomou as ruas do Rio no último dia 15, com a primeira manifestação no Brasil, feita em frente à Alerj. Com atos realizados durante o horário escolar, às sexta-feiras, a principal reivindicação gira em torno dos cuidados com Meio Ambiente e o alerta às consequências do consumo humano desenfreado e desordenado às gerações futuras.

O movimento também cobra mais ação contra a mudança do clima por parte das lideranças políticas brasileiras. "Não adianta estudar se o futuro não vai acontecer", afirma a organizadora do protesto no Rio, a estudante de História da PUC, Milena Batista, de 20 anos. Ela conheceu Nayara Almeida, 21, estudante de Ciências Biológicas pela UFRJ, na organização Engajamundo, e acabou formando dupla na liderança do projeto no Brasil e no Rio. "No início começou com um grupo de dez pessoas, com dois representantes de cada cidade. Conseguimos em uma semana realizar o protesto em 22 cidades brasileiras. Nossa intenção é aumentar ainda mais", disse Batista.

Segundo as organizadoras, o próximo evento será na sexta-feira, véspera da 'hora do planeta', data em que as luzes são apagadas a partir das 20h30, a fim de gerar uma reflexão sobre a forma que consumimos energia atualmente. "Vamos nos concentrar em frente à Alerj novamente e andar pelas ruas da cidade. Sexta é um bom dia não só porque convencionou a partir da Greta (líder sueca), mas porque tem mais pessoas na cidade, saindo e chegando do trabalho, ao contrário de sábado, por exemplo", explica Almeida.

"Nós estamos aqui para avisar que a mudança está vindo, goste você ou não. O poder real pertence às pessoas", afirmou Thunberg em um discurso na conferência climática COP24 na Polônia. "Somos a primeira geração a saber que estamos destruindo nosso planeta e o último que pode fazer algo a respeito", escreveram em cartazes jovens eslovênos, na capital Tallinn. Uma das centenas de cidades que foram cenários dos protestos de 15 de março.

"Por não ter a pauta esquerda ou direita em nossas bandeiras, muitas pessoas nos param para perguntar do que se trata. E a intenção quando estamos na rua é justamente essa, gerar curiosidade nas pessoas", destaca Milena Batista.

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