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Por Juliana Pimenta

Rio - Na cobertura dos Jogos Pan-Americanos de Lima, que se encerram no próximo domingo, Glenda Kozlowski, de 45 anos, comemora a participação em mais um grande evento. "A experiência no Pan está sendo maravilhosa, como sempre. O Pan é um evento em que o Brasil ganha muitas medalhas, então é uma cobertura muito intensa, com grande trabalho de produção. São várias modalidades acontecendo ao mesmo tempo, em lugares diferentes e algumas sedes são distantes umas das outras".

Até a última sexta-feira, as equipes brasileiras já tinham conquistado 48 medalhas nos jogos, levando o país para o quarto lugar na classificação geral, atrás de Estados Unidos, México e Canadá. Para Glenda, a melhor parte da experiência é poder comunicar as vitórias ao público. "Trabalhar em Jogos Pan-Americanos é viver de alegria e felicidade, porque são muitas notícias boas que a gente dá ao longo do dia. Algumas medalhas, inclusive, estão sendo surpreendentes. Algumas modalidades estão fazendo história e conseguindo seus melhores resultados. Isso torna a cobertura ainda mais especial".

Brasil

Glenda garante que esse alto número de vitórias faz o evento ganhar a atenção dos brasileiros para os brasileiros. "É um evento enorme, como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, só que neste especificamente o Brasil conquista muitas medalhas. Então, ele acaba ficando muito especial por isso. O Brasil já conquistou 14 medalhas em apenas um dia, por exemplo. E é legal demais poder fazer reportagens sobre todas essas conquistas".

A repórter, que cobre jornalismo esportivo há 27 anos na Globo e agora no Sportv, diz que a competição é um grande encontro de gerações. "A competição mescla revelações com atletas conceituados. A nossa equipe de ginástica, por exemplo, tem o Arthur Zanetti, campeão olímpico, e tem o Luis Porto, um menino de 22 anos, que está começando e ajudou a equipe a conquistar medalha. Essa mescla de juventude com a experiência, importante para o esporte, só acontece no Pan".

Rotina

Assim como em qualquer grande evento, a rotina intensa de cobertura do Pan foi antecedida por uma preparação tão intensiva quanto. "Depois da Copa do Mundo, acabei ficando mais ligada ao futebol. Por isso tive que correr atrás para entender o que os atletas tinham feito durante o ano e como eles se prepararam. Como as coisas durante o Pan são muito intensas, você não tem tempo de se preparar enquanto acontece o evento. Isso precisa ser feito antes", conta.

No entanto, mesmo com muito trabalho, a apresentadora diz que tenta manter os mesmos hábitos. "Eu tento colocar a minha rotina dentro da cobertura. Tento não deixar de praticar exercícios, que é algo muito importante para mim, que eu gosto e me faz bem. Até estou conseguindo fazer alguns exercícios na academia do hotel. Mas o mais importante em uma cobertura destas é descansar o máximo que puder, porque o dia a dia é bastante intenso", conta.

Esportes

Além da preocupação em fazer exercícios, o histórico da jornalista, quatro vezes campeã mundial de bodyboard, tem ajudado a conduzir as transmissões. "Meu passado como atleta me ajuda muito a contextualizar, a entrevistar, a entender o que está acontecendo. Essa sensibilidade você tem quando se coloca no lugar do outro. E eu já estive neste lugar, então sei como é. Os atletas também ficam à vontade. Existe uma relação bacana de confiança que a gente vai criando ao longo dos anos de trabalho. É uma troca de muito respeito e isso me deixa feliz", confessa.

Por fim, a apresentadora deixa um convite para quem quer conhecer mais esportes com os jogos Pan-Americanos. "Tem vários esportes legais. Um deles já acabou inclusive, que é o taekwondo. Mas tem esporte para todo mundo. Acho muito legal o stand up paddle, por exemplo. É um esporte que está por todo o litoral brasileiro e que vai estar no Pan em duas modalidades. Estou achando incrível ter esportes como surfe e longboard. É quase a realização de um sonho. Uma pena o bodyboard não estar nesta história. Mas tem bastante coisa diferente e legal no Pan".

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