Rio de Janeiro 05/08/2019 - Ensaio Fotográfico com a nova rainha de bateria da Estácio de Sá, Jaqueline Maia. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agência O Dia
Rio de Janeiro 05/08/2019 - Ensaio Fotográfico com a nova rainha de bateria da Estácio de Sá, Jaqueline Maia. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agência O Dia
Por Isabelle Rosa

Rio - Um dos desejos da maioria das mulheres é ter um guarda-roupa cheio de peças para as mais diversas ocasiões. Mas nem sempre a grana ajuda. Para quem quer driblar esse 'probleminha' fashion, a dica é investir em peças básicas e fazer combinações nada comuns. Em ensaio exclusivo para O DIA, a rainha de bateria da Estácio de Sá, Jaqueline Maia, posou para fotos do tema 'Uma peça, três looks', que está bombando no Instagram. "É incrível você saber que tem um armário onde possa descobrir vários looks. Amo ser despojada e, ao mesmo tempo, ser elegante e classuda", diz.

A personal stylist Andrea Lima garante que é possível transformar a mesma peça em outras combinações. "Não precisa ter o armário cheio. Basta ter o necessário. Com uma peça dá para montar até mais que três looks. Não precisa ter muito dinheiro para andar na moda, é só arriscar em combinações. Com um vestido de festa, você pode ir do casual ao chique. E garanto que ninguém diz que é a mesma roupa", diverte-se.

SEXY SEM SER VULGAR

Elegante, como ela mesma se define, Jaqueline revela seus truques para ser sexy, sem ser vulgar, já que no samba, muitas vezes, essas definiçõessão confundidas. "Falo que venho na contramão disso. Tento mostrar que realmente a gente pode estar inserido no samba, no Carnaval, ser mulher e ter classe. Sempre aprendi que o pouco é o muito. Então, não preciso mostrar tudo pra chamar atenção e aparecer. As pessoas querem descobrir o que se tem aí. Eu sou assim, gosto muito", conta.

GRUPO ESPECIAL

A Estácio de Sá vai disputar o título no Grupo Especial em 2020, já que foi a vencedora da Série A este ano. Após dois anos como musa, Jaqueline comemora o posto de rainha de bateria da agremiação. "Parece que é a minha estreia. São 10 anos desfilando na Sapucaí, no chão. Vou para o meu oitavo como rainha, mesmo estando em outra agremiação. Para mim, é como se fosse uma estreia. É sempre como se eu estivesse debutando. Tento dar o meu máximo. Não venho para somar, quero multiplicar. A Estácio é uma escola imensa. Nunca, jamais deveria ter descido para o acesso. Não menosprezando as que estão no acesso, mas a Estácio é história, criou tudo isso. Então, eu tenho certeza de que cheguei no momento certo, na fase certa pela qual a Estácio está passando, para realmente deixá-la continuar no lugar de onde jamais deveria ter saído", diz.

Rio de Janeiro 05/08/2019 - Ensaio Fotográfico com a nova rainha de bateria da Estácio de Sá, Jaqueline Maia. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agência O Dia

AMOR PELO CARNAVAL

Jaqueline confessa que estar à frente da bateria Medalha de Ouro no Carnaval do ano que vem no Grupo Especial é mais gostoso. "Com certeza. Grupo Especial, quem não sonha? Quando a gente faz com naturalidade, quando a gente ama, as coisas fluem mais naturalmente. Não me sinto na obrigação de estar ali. Sempre falei que o dia que o Carnaval se tornasse obrigação pra mim, eu sairia. Faço porque gosto, porque amo. Tenho certeza de que agrego à escola. Pra mim, é incrível voltar, depois de dois anos, a reinar na frente de uma bateria com o meu mestre, que é o Chuvisco. Já somos amigos há anos. É incrível poder fazer a minha reestreia no Grupo Especial. O peso é maior, mas nada que a gente não possa sustentar e suportar. Eu tenho certeza de que a gente fará um grande Carnaval", garante.

COMPRA DE CARGO

A empresária revela o que é ser rainha para ela. "Ser rainha é saber respeitar, acima de tudo, seu pavilhão. É saber que a sua existência se dá ao valor da escola. A escola me abraçou de uma maneira tão grande. Ali, tenho o espaço de me sentir não só uma rainha, mas de poder entrar na escola, dar minha opinião. Isso é muito importante, porque, hoje em dia, as pessoas ligam mais para o ego. É muito ego nesse meio. Em hipótese alguma, um dia que fosse chamada em qualquer agremiação que fosse, e que desse convite saísse dinheiro, essa escola nunca mais me veria. Eu nunca mais falaria, tocaria no nome da escola. Porque o valor está em você. As pessoas têm que mudar esse conceito", destaca.

ASSÉDIO MASCULINO

É quase impossível Jaqueline passar despercebida. Linda, com olhos verdes, e alta, ela chama a atenção por onde passa. Confessa que existe o assédio masculino, mas diz que tira de letra. "Tenho a capacidade de fazer aquele homem me enxergar como uma mulher de verdade. Não como um corpo bonito, os olhos verdes", diz. "Tenho pessoas que se tornaram amigas minhas e antes me viam com outros olhos, e parte dessas pessoas são homens. Me sinto honrada com isso. Cantada você vai receber até dentro da sua casa, então, eu tiro isso de letra. Sou muito mais do que um corpinho e olhos verdes. Às vezes, eu me omitia, não queria aparecer tanto no Carnaval, porque já era uma exposição tão grande estar desfilando, por mais que eu não coloque nada de fora. E as pessoas precisavam entender que aquilo só ficava ali. Sou mãe, dona de casa, empresária, esposa, filha. Tenho minha mãe, irmãs, família. Para a minha família, sou um orgulho. Porque carrego o nome Maia. E a minha família toda faz sempre questão de estar junta, desde os primos, os tios. Eu me sinto muito honrada com isso", completa.

FILHOS E MARIDO

Casada e com dois filhos, Bento, de 2 anos, e Gabriel, de 6, Jaqueline conta sobre o ano que ficou sem desfilar. "Tive o Bento, saí em 2016 da agremiação em que estava. Fiquei um ano fora do Carnaval e retornei ano passado como musa da Estácio. Desfilei este ano como musa de novo e, após o Carnaval terminar, fui convidada para ser rainha. O Bento ama Carnaval. Ele fala: 'Dança, mamãe!'. Meu marido, Fabiano Oliveira, é um dos meus maiores incentivadores. Voltei por ele. Ele me via desfilando como esposa e, agora, queria me ver desfilando como mãe. Eu voltando a reinar é novo para nós dois. O assédio é maior, a visibilidade é muito maior. Mas eu sei tirar isso de letra", diz.

 

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