Sedex  - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Sedex Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - A paralisação dos funcionários dos Correios foi suspensa na noite de terça-feira às 22 horas. A suspensão da greve foi um pedido do Tribunal Superior do Trabalho para que o trabalho fosse retomado até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para o dia 2 de outubro. Para regularizar as entregas, a empresa convocou os funcionários para trabalhar no fim de semana.

De acordo com a empresa, foram tomadas medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana para que o fluxo postal seja regularizado o mais rápido possível. "As ações contingenciais continuarão a ser empregadas até que as entregas sejam normalizadas", de acordo com a estatal.
Os trabalhadores da estatal entraram em greve nacional no último dia 11. Os funcionários dizem que o governo e a direção da estatal querem reduzir salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios. No Rio, três mil funcionários aderiram à greve, segundo o sindicato estadual.
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A categoria é contra a proposta da empresa de reajuste salarial de 0,8%. Os funcionários também são contra retirada de pais e mães do plano de saúde, a exclusão do vale cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da coparticipação em tratamentos de saúde.
"A empresa quer retirar benefícios que vão trazer um prejuízo anual ao trabalhador entre 7 e 8 mil reais. Não estamos nem pedindo aumento real do salário, apenas a reposição da inflação e a manutenção dos benefícios", diz Pedro Alexandre, diretor de imprensa dos sindicato dos Correios no Rio.
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Os Correios estão na lista divulgada pelo governo das estatais que devem ser privatizadas.