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Diferentemente do cenário de contratação no mercado de trabalho, no qual 44,1% das mulheres estão empregadas, enquanto os homens ocupam 55,9%, segundo o IBGE, em programas de estágio as mulheres atuam na maioria das vagas. Segundo a Fundação Mudes, são 60,17% de mulheres, contra 39,63% de homens. Porém, em cursos de tecnologia elas ainda são minoria. 

A pesquisa levou em conta o banco de dados da instituição, com mais de um milhão de estudantes cadastrados. Outro ponto positivo é que entre as dez carreiras com mais estagiários seis coincidem entre ambos os sexos: Administração, Direito, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Turismo e Psicologia.

Para a especialista em Recrutamento e Seleção da Mudes, Cíntia Monteiro, os dados indicam um avanço na política das empresas. "Hoje, observamos que algumas empresas, em geral as de médio a grande porte, até elaboram novos códigos de conduta e atualizam suas práticas de Recursos Humanos, para garantir que os objetivos de equidade e de diversidade sejam cumpridos", explicou.

Mas ainda há muito o que melhorar. Cursos em alta por conta dos avanços em tecnologia ainda têm maioria absoluta de homens, como Ciência da Computação (82,2%), Análise e Desenvolvimento de Sistemas (80,8%) e Sistemas de Informação (80,7%).

Na visão de Cíntia, somente boas práticas no processo seletivo não são suficientes, pois a discrepância é um reflexo do baixo número de alunas matriculadas em cursos na área tecnológica. "O ideal seria estimular as meninas desde a base escolar a experimentarem o terreno das ciências exatas e da tecnologia, para que façam escolhas profissionais independente daquilo que é visto como comum no mercado de trabalho".

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