Por *Carolina Pavanelli
O mês de junho traz mais do que provas de fim de semestre e festas juninas nas escolas. Em todo o Brasil, o recesso de meio de ano significa salas de aula vazias e crianças em casa. Quando a família não viaja, o “em casa” é “em casa” mesmo. E aí, para os pequenos, os pais se desdobram para arrumar alternativas para lidar com os filhos em tempo ocioso, seja com colônia de férias ou dividindo o tempo e as demandas com outras famílias na mesma situação. Afinal, o que eles precisam mesmo fazer é descansar para enfrentar  mais um semestre de aulas.

No entanto, quando, no lugar das crianças e dos adolescentes, são os pré-vestibulandos que estão em recesso, a situação muda bastante. Por já serem mais independentes, os pais são liberados da incumbência de ficarem cuidando dos filhos todo o tempo, mas o papel deles continua imensamente importante nesse momento do ano letivo dos filhos, no sentido de dar suporte e apoio emocional para os estudos deles.
Há estudantes que, mesmo no ano de ENEM ou vestibular, optam por deixar os livros e apostilas de lado e se distanciar de tudo o que diga respeito às provas vindouras. Isso pode funcionar para algumas poucas pessoas, mas fato é que interromper completamente o ritmo de estudos que, com sorte, começou em fevereiro é mandar uma mensagem inconsciente de que tudo já acabou – quando, na verdade, ainda está na metade do caminho.

Por outro lado, o cérebro precisa de descanso – e o cérebro do pré-vestibulando urge por isso. Não só em termos técnicos, naturalmente, mas também em termos emocionais. Nesse sentido, o que sempre  recomendo fortemente aos meus alunos é algum equilíbrio durante o recesso. Não apoio a interrupção total dos estudos, pois penso que ritmo e constância são essenciais para a criação e permanência do hábito de estudo, mas é importante relaxar também. Sugiro sempre que eles escolham um turno do dia (preferencialmente o que eles já estariam na escola ou no curso) para dedicação total aos livros. Para facilitar, pode-se seguir a carga horária diária que teria normalmente, caso estivesse em aulas. O outro turno, então, é livre para quaisquer atividades de relaxamento: seja ir à praia, assistir a uma série, dormir...
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Mas que seja desligar um pouco do turbilhão de informações e demandas tão presentes e características desse ano. É claro que cada pessoa pode saber o que é melhor para si mesmo, mas apenas com equilíbrio é possível encarar, da melhor forma possível o ano de maior pressão na vida de um estudante.