Leonardo Gaciba assume o desafio de otimizar o tempo de checagem do VAR nos jogos - Lucas Figueiredo/CBF
Leonardo Gaciba assume o desafio de otimizar o tempo de checagem do VAR nos jogosLucas Figueiredo/CBF
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - Sob o lema 'miníma interferência, máximo benefício', a CBF apresentou ontem os dados do balanço de arbitragem após a estreia do VAR no Campeonato Brasileiro e prometeu novidades a partir da primeira rodada do returno: os telespectadores terão acesso às imagens avaliadas pela cabine do Árbitro de Vídeo no momento exato da revisão e com a descrição da jogada em questão. Em breve, a intenção é compartilhar a novidade em estádios que tenham telão.
Com 851 participações do VAR nos 139 jogos disputados até a 14ª rodada, o saldo é considerado positivo, segundo Leonardo Gaciba, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF. Ele se baseia no índice de acerto de 98% dos lances nas decisões capitais (gols, expulsões, erros de identificação e pênaltis) com a ajuda da nova ferramenta. Em comparação ao mesmo período no Brasileiro de 2018, os árbitros erraram 88 lances capitais contra dez este ano, com o auxílio do VAR, revelou Leonardo Gaciba.
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"É uma melhora significativa. Enxergo o copo meio cheio. O auxílio do VAR é indispensável hoje em dia", disse o chefe da arbitragem no país.
Com custo médio de R$ 51 mil por jogo, o VAR chegou para ficar, de acordo com a CBF, que, entretanto, reconhece os desafios para melhorar o sistema, principalmente em relação ao tempo gasto durante os jogos no Brasileiro: 1 minuto e 54 segundos a cada intervenção. A meta pessoal de Gaciba é otimizar o tempo, entre checagem e revisão, para 1 minuto e 20. Na opinião dele, a insegurança dos árbitros e a adaptação ao novo sistema têm influenciado na demora, alvo de reclamação tanto no gramado quanto na arquibancada.
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"Temos total ciência de que precisamos evoluir nesse ponto. Já evoluímos em relação aos Estaduais. O tempo de bola rolando baixou em relação ao ano passado. Minha preocupação maior é o equilíbrio da informação correta, sem perder a fluência do jogo", destacou Gaciba.
Para diminuir a tensão entre os torcedores, as imagens em análise pelo VAR serão compartilhadas com os telespectadores, em tempo real, porém, sem o áudio, que seguirá restrito à equipe de arbitragem. "É uma conversa privada, entre profissionais", justificou Leonardo Gaciba.