Torcedores do Botafogo organizaram uma vaquinha virtual e doram 105 cestas básicas para os funcionários - Divulgação
Torcedores do Botafogo organizaram uma vaquinha virtual e doram 105 cestas básicas para os funcionáriosDivulgação
Por O Dia
Rio - Em comunhão, o Botafogo se une para não deixar a gravíssima crise financeira influenciar o rendimento em campo. Com salários atrasados, comissão técnica, jogadores e todos os funcionários estão comprometidos, sem abrir mão de seus direitos básicos. O décimo lugar no Campeonato Brasileiro deixa o Glorioso a cinco pontos do sonhado G-6.
A torcida compra a briga como pode. Reticente, não lotou o Nilton Santos na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, no domingo, mas cobrou da diretoria, em alto e bom som, o pagamento dos salários atrasados, além de apoiar o protesto dos jogadores, da greve de silêncio às coletivas fora da sala de imprensa para não expor os atuais patrocinadores do clube, que deve dois meses de salário, além de três de imagem para os atletas.
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O maior drama, porém, é dos funcionários, que tiveram a vitória sobre o Galo dedicada pelo técnico Eduardo Barroca. Solidários, os alvinegros realizaram uma nova doação de cestas básicas, desta vez 105. A 'vaquinha' virtual arrecadou dinheiro para comprar 60 kits. Os outros 45 são frutos de doações. O material entregue em General Severiano. Na última sexta-feira, 140 cestas básicas foram encaminhadas para Nilton Santos.
A crise é grave e preocupante. Em entrevista à 'Rádio Globo', o vice-presidente executivo do Botafogo, Luís Fernando Santos, expôs a dura realidade.
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"Precisamos, até o final do ano, considerando nossas receitas e outros empréstimos, mais R$ 50 milhões. É muito dinheiro. É uma situação extremamente dura e dramática. (…) O Botafogo é um paciente em estado grave internado numa UTI", disse.
À frente do grupo, Barroca administra a crise e mantém a fé em dias melhores para o clube, a começar dentro de campo: "Mesmo com dificuldade, a gente vê um Botafogo com chance de seguir um bom caminho no Brasileiro".