Antônio Lopes com o troféu da Libertadores da América de 1998: maior conquista com o time cruzmaltino - Rafael Ribeiro/Vasco
Antônio Lopes com o troféu da Libertadores da América de 1998: maior conquista com o time cruzmaltinoRafael Ribeiro/Vasco
Por *Danillo Pedrosa

Em busca de uma virada histórica hoje, o Vasco pode tirar de uma conquista muito improvável a inspiração para desbancar o favoritismo rubro-negro. Corajoso, o técnico Antônio Lopes mudou quase metade do time no quadrangular final para conquistar o Campeonato Carioca de 1982, desbancando o América e o Flamengo, que fora campeão mundial no ano anterior.

"Naquela época, todos diziam que o Flamengo tinha um time de outro planeta, ganhava tudo. Ganhou Brasileiro, Libertadores e Mundial. E o Vasco, um time muito abaixo, conseguiu derrubar aquele Flamengo. O único destaque era o Roberto Dinamite, que conseguia desequilibrar", conta Antônio Lopes.

Quando foi divulgada a escalação para a fase final, as decisões do então jovem treinador foram muito contestadas. Mazaropi, Rosemiro, Nei, Geovani e Palhinha deram lugar a Acácio, Galvão, Ivã, Ernâni e Jérson. Com vitórias por 1 a 0 sobre América e Flamengo, o Vasco sagrou-se campeão, transformando as críticas em elogios e iniciando uma parceira de muito sucesso, com direito ao título da Libertadores de 1998.

"Mudei cinco jogadores no triangular final. Dei sorte, as alterações que eu fiz encaixaram, o time foi bem contra o América, ganhamos também do Flamengo e o Vasco se tornou campeão. É um título que representa muito para a minha carreira, a primeira grande conquista", explica o ex-treinador, que ainda teve passagens por Flamengo e Fluminense.

As semelhanças daquela conquista com o clássico de hoje são muitas, como a disparidade entre os elencos. Para Antônio Lopes, o agravante em relação aquele título é a vantagem por 2 a 0 do Rubro-Negro, construída no primeiro jogo: "Estamos na mesma situação. O Flamengo de hoje é muito superior ao Vasco da Gama pelo elenco que tem. Vai ser muito difícil reverter essa situação. É uma vantagem grande, dois gols de diferença".

Sem querer estar na pele de Alberto Valentim, Lopes sabe que será necessária uma mudança de postura no Cruzmaltino se quiser provar, mais uma vez, que é o time da virada: "O Valentim tem que se virar, arrumar algum jeito de reverter esse placar".

*Estagiário com supervisão de Ana Carla Gomes

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