Marcos Valadares deixou a equipe sub-20, endossado pelo vice na Copinha, mas já está pressionado no cargo - Rafael Ribeiro/Vasco
Marcos Valadares deixou a equipe sub-20, endossado pelo vice na Copinha, mas já está pressionado no cargoRafael Ribeiro/Vasco
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - À deriva. É como navega a caravela vascaína no início de Campeonato Brasileiro, na avaliação do torcedor. Após a demissão de Alberto Valentim, a diretoria segue à procura de um técnico. Como as negociações para contratar o português Jorge Jesus, Dorival Júnior e Diego Aguirre naufragaram, o técnico interino Marcos Valadares segue no comando, pressionado.
Marinheiro de primeira viagem, ele deixou a equipe sub-20, endossado pelo vice-campeonato na Copinha de 2019. A estreia com vitória (2 a 1) sobre o Santos não evitou a queda na Copa do Brasil, mas renovou o fôlego para o início do Brasileiro. As derrotas para Athletico-PR e Atlético-MG ligaram o sinal de alerta e intensificaram as buscas por 'capitão' mais experiente.
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A rejeição do torcedor e a falta de interesse de Dunga, ex-técnico da seleção brasileira, inviabilizaram o avanço da conversa. Oferecidos, os 'marujos' Maurício Barbieri, ex-Flamengo e Goiás, e Thiago Larghi, ex-Atlético-MG, não empolgaram no primeiro momento, em razão da grande pressão do torcedor sobre o Vasco e a diretoria.
A ausência de líderes e referências técnicas como o goleiro Fernando Miguel e o zagueiro Leandro Castan aumenta a responsabilidade sobre o jovem elenco. A dupla que se recupera de lesão muscular só deve ficar à disposição de Valadares ou do próximo treinador após a Copa América, em julho.
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No mesmo período, o Vasco contará com outros 'reforços' do departamento médico: o zagueiro Breno e o lateral-esquerdo Ramon, em fase final de recuperação de cirurgias no joelho. Com contratações pontuais e baratas de Sidão, Marcos Júnior, Valdívia e Jairinho, o Vasco tentará velejar por marés tranquilas.