Alunos em sala do Colégio Estadual Municipalizado Coquinho - Juranir Badaró/Divulgação prefeitura de Macaé
Alunos em sala do Colégio Estadual Municipalizado CoquinhoJuranir Badaró/Divulgação prefeitura de Macaé
Por O Dia
Macaé — Muito se diz que a educação e a saúde públicas são a base para a construção de uma sociedade mais justa e um país mais desenvolvido. Nem todos os gestores, porém, rezam por essa cartilha. Macaé está, pelo menos na análise do Anuário Multicidades elaborado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), entre as administrações municipais que têm essa visão bem clara, e a colocam em prática.
O levantamento expõe as finanças das cidades brasileiras, e como elas aplicam seus recursos. E nele consta que Macaé está entre as que mais investem, proporcionalmente, na saúde e na educação. A rede de ensino macaense recebe mais de R$ 11 mil mensais por aluno, superando por larga margem os recursos do Rio (R$ 5 mil), por exemplo.
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Para Guto Garcia, secretário de Educação, o que tem garantido esses resultados, mais do que o aprimoramento estrutural das escolas, é o investimento nas pessoas: “Damos as condições para que os professores ultrapassem a missão de lecionar, indo muito além de transmitir conhecimento. São os educadores e as equipes das escolas que fazem o ensino de Macaé”.
Na Saúde, são gastos R$ 2 mil por mês, em média, para cada um dos 251 mil habitantes (segundo dados do IBGE de 2018) nas redes de atenção básica, e de média e alta complexidade. Números que colocam a cidade como a quarta que mais investe no setor em todo o país, e a primeira colocada no estado. Em 2018, foram investidos um total de R$ 505 milhões.
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“Temos investido muito na modernização dos equipamentos e em garantir o estoque de medicamentos e demais insumos hospitalares”, comenta Deusilane Galiza, secretária de Saúde de Macaé.
E tais conquistas foram obtidas mesmo diante do cenário de incerteza sobre os royalties de petróleo, principal fonte de arrecadação dos municípios da Bacia de Campos, e da grave crise econômica do estado.
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“Não é fácil. Mas felizmente conseguimos com muita organização e planejamento. Mesmo sem os royalties, existem recursos federais e estaduais disponíveis, mas muitos municípios não os utilizam ou o fazem de maneira pouco eficiente”, aponta Deusilane.
Outra dificuldade é o peso que a folha de pagamento dos servidores tem no orçamento macaense. O mesmo anuário indica que 41% de toda a arrecadação (R$ 2,3 bilhões) do município são gastos com os salários do funcionalismo, o que coloca Macaé na 31ª posição entre as cidades com maior comprometimento do orçamento. Apesar disso, os avanços continuam.