Manifestantes voltaram às ruas de Paris - Philippe Lopez / AFP
Manifestantes voltaram às ruas de ParisPhilippe Lopez / AFP
Por Agência Brasil
França - Numa manifestação convocada para marcar o primeiro aniversário do movimento dos "coletes amarelos", neste sábado, a polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes nas ruas de Paris.
Até as 11h30 (horário local), já haviam sido feitas 33 detenções e 1.204 pessoas foram controladas preventivamente, de acordo com a polícia de Paris.

Junto à Praça de Itália, houve situações de confronto e tensão entre a polícia e jovens de cara tapada que estavam no meio dos "coletes amarelos", como conta RTP, emissora pública de Portugal.
Manifestantes voltaram às ruas de Paris - Philippe Lopez / AFP
A polícia disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que aproveitaram restos de uma obra para atacar a polícia.

Dezenas de estações de metro estão fechadas, sobretudo no centro da cidade.

Na periferia de Paris, na Porta Champerret, registaram-se novos confrontos com a polícia, quando os manifestantes tentaram cortar a estrada.
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'Nada mudou', diz líder dos 'coletes amarelos'
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Jeremy Clement foi entrevistado pela RTP junto aos Campos Elísios, onde tentava manifestar apesar da proibição. Este líder do Movimento dos "Coletes Amarelos", que começou há um ano, argumenta que nada mudou em França, a pobreza permanece e continua a não haver uma resposta eficaz do Estado.

O movimento surgiu há cerca de um ano, originalmente para contestar os preços dos combustíveis e o elevado custo de vida, mas rapidamente alastrou para um movimento mais amplo contra o presidente Emmanuel Macron e sua política econômica.
Manifestantes voltaram às ruas de Paris - Philippe Lopez / AFP


Protestos que muitas vezes degeneraram em violentos confrontos com a polícia, sobretudo na capital. Milhares de pessoas foram detidas durante as manifestações.

Para um português residente no centro de Paris, as constantes manifestações e violência foram marcantes. "são manifestações por tudo e por nada", critica.