Confronto entre policiais e soldados contra apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales, durante protesto contra o governo interino (Photo by STR / AFP) - STR / AFP
Confronto entre policiais e soldados contra apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales, durante protesto contra o governo interino (Photo by STR / AFP)STR / AFP
Por AFP
La Paz - Um voo com um primeiro contingente de 226 médicos cubanos partiu neste sábado (16) com destino a Havana, em um contexto de convulsão na Bolívia após a renúncia de Evo Morales à Presidência, informou uma fonte da Interpol.
"São 226 cidadãos cubanos, todos médicos que estão voltando ao seu país", confirmou a veículos de comunicação locais o coronel Rolando Millares, chefe da seção local da Interpol.
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A agência oficial cubana Prensa Latina ratificou a informação postou em sua página na Internet uma foto dos médicos dentro da aeronave IL-96-300, da companhia Cubana de Aviação.
A chanceler boliviana, Karen Longaric, tinha anunciado na sexta-feira que seriam enviados de volta ao país de origem um total de "725 cidadãos cubanos que cumprem funções de cooperação em diferentes áreas".
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Millares anunciou que vai coordenar com o consulado cubano "os traslados seguintes", todos saindo do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz.
De Havana, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, havia denunciado "o assédio e os maus-tratos" a que são submetidos os membros da brigada médica na Bolívia, segundo a Prensa Latina.
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Já o ministro do Governo (Interior) boliviano, Arturo Murillo, disse em coletiva de imprensa que os colaboradores cubanos "não têm que partir, os que estão trabalhando que continuem trabalhando, nós vamos cuidá-los, dar-lhes segurança".
Bolívia e Cuba tinham desde 2005 um acordo de cooperação que permitia a presença de médicos cubanos no país andino, com ênfase em um programa de oftalmologia. O convênio ganhou vulto posteriormente com a concessão de 5.000 bolsas para que os jovens bolivianos estudassem medicina em Havana.
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Após a renúncia de Morales, o governo interino da Bolívia mudou a orientação política e acusou venezuelanos e cubanos de querer sabotar a nova administração.