Moradores se protegem do coronavírus com máscaras - Luciano Belford/Agencia O Dia
Moradores se protegem do coronavírus com máscarasLuciano Belford/Agencia O Dia
Por iG
São Paulo - A Science Magazine publicou um estudo sobre quando e como o mundo poderá deixar o isolamento por conta do novo coronavírus (Sars-CoV-2). De acordo com o especialista, Dr. Atila Iamarino, as conclusões são “tensas”.

Os seis autores do estudo modelaram como a humanidade desenvolve a imunidade contra o novo coronavírus, causador da Covid-19 . Na falta de intervenções, o vírus pode ser um problema até 2024. “O que aceleraria o processo de uma forma não catastrófica seriam novos tratamentos e ampliação na capacidade de leitos”, afirma Atila Iamarino.

Os pesquisadores projetam que, com base nos dados de contágio atuais, o vírus poderia circular livremente a qualquer momento, em qualquer estação do ano. Temperaturas elevadas podem atrapalhar, uma vez que aglomerações e ambientes fechados costumam ser evitados, mas não é o suficiente para ajudar a combater o vírus. “Manaus (AM) é quente e úmida, mas já tem um colapso no sistema de saúde”, explica Iamarino, que fez um estudo de caso sobre os impactos da Covid-19 na Região Norte.

Com imunidade permanente, se ninguém contrair o vírus mais de uma vez, os pesquisadores apontam que o novo coronavírus poderia desaparecer em cinco anos. Sem imunidade permanente, não se tem perspectiva de quando o Sars-CoV-2 poderá deixar de existir. “Ainda não sabemos qual é o caso (de recontaminação), e o próprio estudo recomenda testes de imunidade das pessoas para saber melhor”.

Em cenários de imunidade protetora, os pesquisadores projetam que a quarentena em países de primeiro mundo - onde há boa capacidade nos leitos de UTI - poderia durar até maio de 2021, com relaxamento gradual até a metade de 2022. A aceleração no processo de relaxamento da quarentena depende diretamente de melhorar a capacidade de hospitais.