Márcia Costa Rodrigues - Divulgação
Márcia Costa RodriguesDivulgação
Por O Dia
Rio - Na virada do milênio, o termo globalização rotulava um fenômeno emergente na sociedade mundial que consistia na integração cultural e econômica. Hoje tudo pode ser acessado a partir da palma da mão, como ler o New York Times pelo smartphone enquanto se toma café da manhã, ampliando ao infinito as possibilidades de se obter informações e interagir com o mundo. Mas se por um lado a globalização democratizou o acesso à informação, a produtos culturais e aproximou pessoas que vivem geograficamente distantes, também trouxe um efeito colateral: uma certa possibilidade de desconexão dos indivíduos com aquilo que acontece na sua esquina, no seu bairro, na sua cidade.

Tal cenário desafia as tradições e os saberes de um determinado território – e é por isso que o Sesc RJ traz o tema para próxima edição do seu mais tradicional evento cultural: o Festival Sesc de Inverno, que este ano acontece de 19 a 28 de julho em Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Duas Barras, Região Serrana do Rio, e Três Rios, Centro-Sul Fluminense.

Além dos nomes de grande projeção nacional nas diversas linguagens artísticas, como literatura, cinema, música, teatro, dança, circo e artes visuais – uma tradição do evento –, este ano o festival traz os artistas locais como protagonistas.. Esses talentos e sua arte perpassam toda a programação em meio a nomes já consagrados do cenário cultural brasileiro e, inclusive, estampam as peças de comunicação e divulgação do Festival.

A ideia não é apenas aproveitar a visibilidade do evento para projetá-los no seu meio profissional – uma característica que todo grande festival deveria ter –, mas também valorizar a produção e as manifestações artísticas que se dão no âmbito regional. Em um ambiente propício à homogeneização, o Sesc RJ reafirma seu papel de promotor de cultura mostrando aquilo que é tendência nacional sem deixar de valorizar a identidade e a arte do interior fluminense, região que acolhe o evento há 18 edições. Trata-se de um diálogo entre o nacional e o local que só contribui para a diversidade cultural brasileira.

Márcia Costa Rodrigues é gerente de Cultura do Sesc RJ