Rio - O Comitê Rio 2016 se comprometeu, ao vivo, para mais de dois bilhões de pessoas, durante a transmissão da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a plantar a Floresta dos Atletas, no Parque Radical, dento do Complexo Esportivo de Deodoro, como parte do legado ambiental do evento.
Três anos depois, no local onde deveria ser plantada, em 2017, a área verde, com 13.500 mudas de sementes de 207 espécies diferentes, representando todas as delegações que participaram dos jogos, não há vestígio da floresta.
Enquanto as mudas crescem em um viveiro da cidade de Silva Jardim, no Estado do Rio – algumas já chegaram a dois metros –, um jogo de empurra sobre de quem é a responsabilidade pelo legado continua.
No ano passado, o Comitê Rio 2016 informou que não tinha assinado o contrato para o plantio das mudas. Esse ano, a empresa decretou falência. O Tribunal de Contas da União entende que, por tratar-se de um legado para a cidade, a responsabilidade deve ser partilhada entre a Prefeitura e a União.
Já a Prefeitura do Rio alega que o compromisso foi do Comitê mas que, diante da importância da ação, está negociando com uma empresa para iniciar o plantio no Parque Olímpico da Barra ainda este ano. Essa informação não foi confirmada por Marcelo Carvalho, diretor da empresa responsável por cuidar das mudas.
Nada contra a plantação de algumas mudas no Parque Olímpico, contanto que a maior parte seja destinada ao Parque Deodoro, como previsto no legado. Essa seria uma forma de reduzir o impacto ambiental da construção do futuro autódromo na região.
Como presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Câmara dos Vereadores, sugiro uma alternativa para não onerar os cofres da Prefeitura: a criação de uma Parceria Público Privada para a instalação da Floresta dos Atletas com o consórcio ou a empresa que construirá o futuro autódromo.
Solução há, está faltando boa vontade. Enquanto o jogo de empurra continua, a população do Rio, especialmente os moradores de Deodoro, perdem uma importante área verde que é sua de direito.
Italo Ciba é vereador pelo AVANTE-RJ
Três anos depois, no local onde deveria ser plantada, em 2017, a área verde, com 13.500 mudas de sementes de 207 espécies diferentes, representando todas as delegações que participaram dos jogos, não há vestígio da floresta.
Enquanto as mudas crescem em um viveiro da cidade de Silva Jardim, no Estado do Rio – algumas já chegaram a dois metros –, um jogo de empurra sobre de quem é a responsabilidade pelo legado continua.
No ano passado, o Comitê Rio 2016 informou que não tinha assinado o contrato para o plantio das mudas. Esse ano, a empresa decretou falência. O Tribunal de Contas da União entende que, por tratar-se de um legado para a cidade, a responsabilidade deve ser partilhada entre a Prefeitura e a União.
Já a Prefeitura do Rio alega que o compromisso foi do Comitê mas que, diante da importância da ação, está negociando com uma empresa para iniciar o plantio no Parque Olímpico da Barra ainda este ano. Essa informação não foi confirmada por Marcelo Carvalho, diretor da empresa responsável por cuidar das mudas.
Nada contra a plantação de algumas mudas no Parque Olímpico, contanto que a maior parte seja destinada ao Parque Deodoro, como previsto no legado. Essa seria uma forma de reduzir o impacto ambiental da construção do futuro autódromo na região.
Como presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Câmara dos Vereadores, sugiro uma alternativa para não onerar os cofres da Prefeitura: a criação de uma Parceria Público Privada para a instalação da Floresta dos Atletas com o consórcio ou a empresa que construirá o futuro autódromo.
Solução há, está faltando boa vontade. Enquanto o jogo de empurra continua, a população do Rio, especialmente os moradores de Deodoro, perdem uma importante área verde que é sua de direito.
Italo Ciba é vereador pelo AVANTE-RJ
