Danielle Pinheiro - Divulgação
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Por Danielle Pinheiro*
A campanha “Janeiro Branco” é organizada por membros da psicologia brasileira, com ampla divulgação. O mês de Janeiro foi escolhido por ser comum no final do ano, as pessoas fazerem uma avaliação da sua vida, pensando no que fizeram, viveram, sentiram e como lidaram com isso. E o início do ano vem com uma cara de vida nova, de novas escolhas, passa a ser o melhor momento de colocar em prática novos hábitos, comportamentos e olharem para sua vida e o seu redor para que finalmente, mudem determinados comportamentos que não lhes trazem satisfação, mas sim, dor e frustração.

A cor branca foi escolhida por ser a partir da qual toda outra cor pode aparecer, se destacar, existir e acontecer. Fazendo um paralelo com a folha em branco onde as diversas histórias podem ser escritas, reescritas, lidas e relidas. Além disso, a cor branca é a somatória de todas as outras cores, podemos fazer outro paralelo que seria o somatório de todos os projetos, todas as experiências a partir das quais todo sujeito pode partir para escrever a sua própria história.

A razão principal dessa Campanha é incentivar o cuidado com a saúde mental das pessoas de toda a sociedade. Estimula a todos a olharem para o sofrimento psíquico de outro ponto de vista, poder reconhecê-lo e tratá-lo. Divulgar que sofrimento mental pode ser tratado, controlado e produzir uma melhor qualidade de vida.

Ninguém precisa passar a vida toda em sofrimento e calado, com crenças estigmatizantes a respeito da sua saúde mental/emocional. O Conselho Federal de Psicologia, ainda, destaca a importância de se olhar que os estados de sofrimento são multifatoriais e constituídos a partir da relação das pessoas com seu entorno social. Há interferências de credos, etnias, orientações sexuais, identidades de gênero, condição social e faixa etária.

Pesquisas mostram que há uma relação direta entre desigualdade social e saúde mental. Temos que olhar a sociedade de uma forma global, o ser humano de forma integral. O cuidado com a saúde mental deve ser visto desde a prevenção ao encaminhamento do indivíduo em sofrimento à psicoterapia que pode realizada de diversas formas tanto individual como em grupo. É necessário efetivar, também, políticas públicas e inclusivas baseadas nas prerrogativas da universalidade, da integralidade e da equidade, buscando a interlocução com outros saberes e práticas profissionais, mostra-se imprescindível para a promoção da saúde mental.

O cuidado com a saúde mental acontece diariamente. Temos que olhar para as diversas áreas da nossa vida. Como a atividade física que melhora capacidade cognitiva, diminui os níveis de ansiedade e stress, além de melhorar a auto-estima, imagem corporal e socialização. Durante a prática de exercícios físicos, o cérebro liberar endorfina no corpo aliviando a tensão. O nosso corpo é um reflexo do que acontece na nossa mente, então podemos ajudar nossa mente, mudando nosso corpo. Precisamos, também, desenvolver uma rede de apoio, o ser humano como ser social não consegue viver sozinho, sente necessidade de pertencer a grupos e ser aceito, que tal buscar ter próximo pessoas que te fazem bem?

Desenvolver hábitos como exercícios de meditação, respiração e contato com a natureza são muito úteis para manter a saúde mental equilibrada.
*Danielle Pinheiro é psicóloga