Polícia Civil pediu apoio da Marinha para detectar objetos no fundo do mar da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio - Divulgação
Polícia Civil pediu apoio da Marinha para detectar objetos no fundo do mar da Barra da Tijuca, Zona Oeste do RioDivulgação
Por O Dia
Rio - A Justiça do Rio negou um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que queria ter acesso às provas do caso Marielle Franco e Anderson Gomes. O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), diz que o pedido foi negado porque o inquérito policial está sob segredo de Justiça. 
"A decisão foi tomada pela 28ª Vara Criminal do Rio e os trâmites do procedimento relativo à ação penal oriunda do inquérito policial federal encontram-se em segredo de Justiça legalmente decretado, razão pela qual o Juízo indeferiu o compartilhamento dos autos", diz o MP-RJ.
Publicidade
A Procuradoria-Geral da República diz que , por tratar-se de assunto sigiloso, não se manifestará sobre o caso.
Publicidade
Um inquérito da Polícia Federal concluiu que houve tentativas de atrapalhar a investigação do case. O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, 44, e a advogada Camila Moreira Nogueira, 30, foram indiciados por mentir para atrapalhar o trabalho da Polícia Civil. Os dois viraram réus na semana passada. O inquérito foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem mais de 600 páginas.
Ferreirinha foi à Polícia Federal em 2018 apontar o miliciano Orlando Curicica o vereador Marcelo Siciliano como os responsáveis pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes. Os dois negam.
Publicidade
Executores presos
Os dois homens denunciados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Ronnie (Lessa) e Élcio (Queiroz), foram transferidos no início de julho da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para a unidade do Norte do país, localizada em Porto Velho, em Rondônia. No pedido, o juiz federal corregedor Walter Nunus Júnior alegou que na mesma unidade estava o miliciano Orlando Oliveira, o Orlando Curicica. 

Segundo o corregedor, Curicica “forneceu às autoridades informações importantes do envolvimento de Ronnie (Lessa) e Élcio (Queiroz) nos assassinatos”. Até a Polícia Civil prender Lessa e Queiroz pelos homicídios, em março, o miliciano era o principal suspeito pelo crime.

A operação de transferência ocorreu de forma sigilosa, pela Polícia Federal, em caráter de urgência. Foram as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que solicitaram a transferência de Lessa e Queiroz de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, para uma unidade federal, no dia 28 de março deste ano. Lá, a segurança de Curicica foi reforçada.