Preso um dos envolvidos no furto de gasolina que causou morte de menina na Baixada
Mateus Kevin da Silva Belo é apontado com um dos responsáveis por perfurar um oleoduto da Transpetro no Parque Amapá, em Duque de Caxias, em abril
Rio - A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prendeu, nesta terça-feira, um dos suspeitos de participação na tentativa de roubo de gasolina no Parque Amapá, em Duque de Caxias, no dia 26 de abril. Mateus Kevin da Silva Belo, de 24 anos, é apontando como um dos responsáveis por perfurar um oleoduto da Transpetro na região, que resultou no vazamento do combustível.
O vazamento atingiu diversas residências fazendo com que 17 pessoas tivessem que deixar suas casas. A menina Na ocasião, a menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos, caiu em uma poça da gasolina e teve 80% do corpo queimado. Ela morreu cerca de um mês depois, após ter duas paradas cardiorrespiratórias no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna).
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De acordo com a Polícia Civil, contra Mateus Kevin havia dois mandados de prisão preventiva em aberto por organização criminosa e crime ambiental. Ele foi encontrado em Visconde de Mauá, no Sul Fluminense, após informações enviadas ao Disque Denúncia. A entidade oferecia uma recompensa de R$ 1 mil para quem desse informações sobre seu paradeiro.
VAZAMENTO DE 237 MIL LITROS
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A ação da quadrilha no Parque Amapá fez com que fossem despejados 237 mil litros de gasolina na região. A mangueira presa à válvula para o furto do combustível não suportou a pressão do oleoduto e se rompeu, causando prejuízo de R$ 2.896.500,07 à Transpetro.
As investigações do caso foram feitas pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Inicialmente, além de Matheus Kevin pelo menos outras cinco pessoas foram identificadas por participação no crime: Willian Cesar Vieira, 21, preso no início de maio; Ventura Carmona Ventura, 43 anos, conhecido como Cafu, e Sônia Cristina Tavares Ventura, 45, capturados no início de junho; e Wesley Muniz Pollete, 37, que segue foragido.
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Além deles, a mãe e o avô de Ana Cristina, Fernanda Pacheco Luciano, 26, e Antônio Martins da Silva, respectivamente, foram apontados como integrantes da quadrilha. Eles atuariam como "olheiros" do bando desde 2016. Na época, Fernanda questionou as investigações da DDSD.