Prédio pegou fogo na Rua Buenos Aires, esquina com a Rio Branco, no Centro do Rio - Cleber Mendes/Agência O Dia
Prédio pegou fogo na Rua Buenos Aires, esquina com a Rio Branco, no Centro do RioCleber Mendes/Agência O Dia
Por Bernardo Costa
Rio - As investigações das causas do incêndio na whiskeria Quatro por Quatro, que matou três bombeiros e deixou quatro feridos, serão conduzidas pela 1ª DP (Praça da Mauá). No local, um bombeiro comentou que uma das hipóteses é que os militares tenham morrido por inalação do gás tóxico cianeto.
"Pode ter sido o mesmo que aconteceu na boate Kiss com a liberação de cianeto após a queima de material para isolamento acústico. Mas isso só mesmo a perícia vai poder apontar", comentou o militar, que lamentou a morte dos colegas: "Os cabos Klerton e Pereira eram os mais operacionais que tínhamos. Tinham pelo menos oito cursos de salvamento. Algo inesperado aconteceu".
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Em nota, a Polícia Civil informou que "foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias do incêndio. Foi solicitada perícia para o local e testemunhas estão sendo ouvidas. A investigação está em andamento".
O advogado da Quatro por Quatro, Hudson Brandão Marinho, informou que o fogo começou no depósito da boate, que fica no terceiro e último andar. "Quando os funcionários identificaram o foco de incêndio, usaram um extintor para tentar apagar. Quando foram buscar outro, a fumaça se alastrou e todos desceram correndo". Segundo o advogado, o depósito guardava materiais como toalha, copos de plastico, talheres e papel higiênico. O terceiro andar foi o único atingido pelas chamas.
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Marinho disse ainda que a boate tinha todas as licenças do corpo de Bombeiros para funcionar e alvará da prefeitura.
Bombeiros morrem combatendo incêndio
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Três bombeiros morreram durante um incêndio que atingiu Whiskeria Quatro por Quatro, na Rua Buenos Aires 44, no Centro do Rio, nesta sexta-feira. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Eles chegaram a ser socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar e para o hospital da corporação, mas não resistiram. 
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'Não teve desabamento ou explosão' diz comandante-geral do Corpo de Bombeiros
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey, afirmou que os três militares que morreram durante o incêndio foram surpreendidos após o fogo parecer estar controlado. "Não teve desabamento, eu andei todo o espaço. Não teve explosão. A gente vai apurar melhor. Não existe nada que indique que houve alguma explosão posterior. Foi inalação de fumaça realmente".
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"Todos tinham mais de dez anos de serviço. Experientes. Um incêndio que nós estávamos acompanhando desde o início. Incêndio simples que não parecia ter nenhuma complicação. Estava sob controle e fomos surpreendidos. Era uma casa antiga e com muitas divisórias. Provavelmente, eles tiveram dificuldades de sair e foram surpreendidos pela fumaça. Basicamente, o problema foi a inalação de fumaça", afirmou Robadey.