Busca e apreensão no Paraná - Divulgação / Polícia Civil
Busca e apreensão no ParanáDivulgação / Polícia Civil
Por RAI AQUINO
Rio - A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) fez, nesta terça-feira, a Operação Sete Capitães, contra uma quadrilha especializada em furto de petróleo e derivados de oleodutos da Transpetro. Dos sete mandados de prisão, cinco deles, além de outros 11 de busca e apreensão, foram cumpridos em MacaéCarapebusBúzios Rio das Ostras, na Região dos Lagos; e Campos dos GoytacazesQuissamã Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
Um dos presos foi o sargento da Polícia Militar Paulo Roberto Ramos Júnior, conhecido como Júnior, de 46 anos. Ele, que é do 32º BPM (Macaé), foi preso em Campos e, de acordo com as investigações, é acusado de repassar informações para o grupo durante os furtos.
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Dos outros quatro presos, estão os vigilantes Celmo de Oliveira Félix, 36, e Fernando Luís Garcia dos Anjos, 39, capturados em Macaé. Eles eram contratados para fazer a segurança de dutos da subsidiária da Petrobras na região. Os dois garantiam que os comparsas praticassem os crimes sem serem incomodados.
Local de busca e apreensão no Paraná - Divulgação / Polícia Civil
Alguns mandados também foram cumpridos no Paraná, para onde era levado o combustível furtado. Todos os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e furto qualificado.
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Os presos:
. PM Paulo Roberto Ramos Júnior, 46: preso em Campos dos Goytacazes
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. Vigilante Celmo de Oliveira Félix, 36: preso em Macaé
. Vigilante Fernando Luís Garcia dos Anjos, 39: preso em Macaé
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. Evangelista Raimundo da Luz, ou Pernambuco ou Paulista ou Frank, 43: preso em Cabo Frio
. Ubiraci Menezes de Jesus, o Bira, 45: preso em Carapebus
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Os outros dois procurados são considerados foragidos; são eles:
. Franz Diaz da Costas, o França, 40: morador de Búzios
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. Caroline Fernandes Zamboni, a Carol, 32: moradora de Búzios
Local de busca e apreensão no Paraná - Divulgação / Polícia Civil
INVESTIGAÇÕES
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De acordo com as investigações, que começaram há 10 meses, em apenas quatro furtos, a quadrilha causou um prejuízo de R$ 700 mil a Transpetro. O crime acontecia em Carapebus, Quissamã e Macaé.
"A apuração levantou ainda que a organização fazia em média de duas a três retiradas por semana, totalizando cerca de 150 mil litros de petróleo e derivados desviados", contou o titular da DDSD, o delegado Júlio Filho. "As investigações apontam que o petróleo furtado seria enviado em caminhões bitrens, com capacidade para subtrair aproximadamente 50 mil litros, para cidades no Estado do Paraná".
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Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual (Gaeco/MPRJ), um dos locais de destino do petróleo furtado era uma empresa situada em Rolândia, no Paraná. Por causa disso, o Gaeco do MPPR deu apoio à ação.
"A prática do furto ilegal de combustível além de ser criminosa representa um risco para o meio ambiente e para as pessoas que residem próximo aos locais", o titular da DDSD acrescentou.
Técnicos coletando amostras de petróleo no Paraná - Divulgação / Polícia Civil
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Os mandados da operação foram expedidos pelo Juízo Vara Única do Juízo de Carapebus e Quissamã, além da Auditoria Militar.
A ação também contou com o apoio da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), da Corregedoria da PM e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ.