Carro foi atingido por mais de 100 tiros na chacina de Costa Barros - Arquivo O DIA
Carro foi atingido por mais de 100 tiros na chacina de Costa BarrosArquivo O DIA
Por O Dia
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio julga, pelo segundo dia seguido, três dos quatro policiais militares acusados da chacina de Costa Barros, em novembro de 2015, que terminou na morte de cinco jovens. Nesta sexta-feira, jurados ouviram testemunhas de acusação, as de defesa e os três réus. 
O crime contra Wilton Esteves Domingos Júnior, 20 anos, Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Sousa, 16 anos, Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, e Cleiton Correa de Souza, 18 anos, aconteceu no dia 28 de novembro de 2015, na Favela da Lagartixa. Após as mortes, segundo a denúncia, os policiais tentaram alterar o local do crime colocando um revólver calibre 38 nas mãos de uma das vítimas e um simulacro de arma próximo à roda dianteira do veículo. 
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Dos quatro PMs acusados, um pediu para trocar de advogado e será julgado em uma nova data. Eles respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Com base em provas periciais contidas na denúncia do Ministério Público, os policiais acusados dispararam 111 vezes contras as vítimas com pistolas e fuzis, armamentos da PM. Os tiros atingiram o Fiat Palio onde se encontravam as cinco vítimas fatais e uma moto em que estavam Wilkerson Luis de Oliveira Esteves e Lourival Júnior, que sobreviveram. Cerca de oito meses depois, Wilkerson acabou morrendo de aneurisma cerebral, levando com ele o trauma de sobreviver ao ataque que matou o irmão e amigos.
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