Os agentes da 18ª DP descobriram que a mulher, na verdade, não estava na comunidade, mas sim com o namorado da amiga. Segundo as investigações, foi ele que entrou em contato com o ex-marido dela exigindo pagamento de R$ 10 mil para libertá-la e que fazia as ameaças.
"Começamos as diligências para identificar esses autores do crime, porque até então a gente não sabia que era uma falsa comunicação. Parecia um crime bárbaro, revoltante, que depois a gente conseguiu concluir que não tinha acontecido nada daquilo", disse a delegada Carina Bastos, titular da delegacia da Praça da Bandeira.
Inicialmente o crime foi registrado na 19ª DP (Tijuca), mas o caso foi encaminhado para a distrital do bairro vizinho. Logo nos primeiros momentos, os investigadores descobriram contradições da grávida.
"Percebemos que tudo era uma mentira quando pegamos as imagens e vimos que a localização dela, os horários, não estavam condizentes com o relato. Em 30 minutos, que foi o tempo que ela levou do pedágio da Linha Amarela até a Praça da Bandeira, não daria para ela ter sido levada para uma comunidade e torturada", a delegada explicou.
Carina ainda esclareceu que a empresária não tinha nenhum sinal de agressão e que, inclusive, não realizou o exame de corpo de delito recomendado pela polícia. "Ela só estava com rabiscos de caneta no corpo".
Toda mentira ainda foi reafirmada pela sócia da mulher em depoimento na delegacia, na tarde de ontem.
"A história ainda foi corroborada pela amiga em depoimento aqui na delegacia. Mas depois, ela assumiu todo o crime, confessou que mentiu, disse que estava arrependida e que fez tudo por um motivo pessoal", acrescentou Carina.