Kamilly Alves tinha apenas 17 anos - Arquivo Pessoal
Kamilly Alves tinha apenas 17 anosArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - Uma jovem de 17 anos foi morta pela namorada da mãe em Inhoaíba, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na manhã da última quinta-feira. De acordo com a família, a estudante Kamilly Vitória Alves da Silva foi assassinada na própria casa, na Rua Roberto Ribeiro, por vingança, porque a namorada da mãe não aceitava o fim do relacionamento entre as duas.
Parentes contam que Kamilly estava dormindo, em uma casa alugada no terreno onde fica a residência da mãe. Ela não gostava de ficar no mesmo local que a namorada da mãe.
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"A Kamilly dormia em uma casa separada porque quando a mulher estava em casa, ela não dormia lá. Dormia na casa da frente, que ela tinha alugado", conta o primo, Jhony Henrique, de 24 anos, que é dono de uma padaria que a jovem o ajudava a cuidar.
De acordo com Jhony, a adolescente foi encontrada com o corpo todo amarrado dentro de sacos, com a testa bastante inchada e sinais de estrangulamento. A família acredita que ela tenha sido alvo de pauladas.
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PMs do batalhão de Campo Grande estiveram no endereço do crime Reprodução / Internet
Kamilly Alves tinha apenas 17 anos Arquivo Pessoal
Kamilly Alves tinha apenas 17 anos REPRODUÇÃO DA INTERNET
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Ainda segundo o parente, assim que matou a estudante, a mulher foi até a casa da irmã, que fica próximo, e contou o que fez.
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"Ela chegou na casa da irmã e disse: 'matei a Kamilly, tá lá dentro do saco preto. Estou indo embora. Avisa a família'", relata. Desde então, ela é procurada pela polícia. 
TRAGÉDIA ANUNCIADA
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O primo conta que o relacionamento da mulher com a mãe da estudante era de mais de cinco anos. As duas viviam brigando, com várias ameaças. A mãe da jovem já não aguentava mais as discussões e estava prestes a se mudar com a filha para ficar longe da namorada. A mudança iria acontecer neste domingo.
"A mãe da Kamilly não queria ficar mais com ela. Não queria há muito tempo. Ela vivia em um relacionamento abusivo. Ela comprou uma casa em outro bairro para fugir dela", conta.
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A adolescente já teria contado a outros familiares sobre a agressividade da namorada da mãe. Ela, inclusive, acreditava que algo de pior poderia lhe acontecer.
"Ela já tinha até falado com minha mãe que a mulher iria acabar matando ela ou a mãe. Ela chegou a falar 'a gente tem que se mudar antes, porque estou pressentindo que ela vai acabar me matando'", relembra, sobre o que a prima alertou.
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Jhony diz ainda que antes do crime, a namorada da mãe da adolescente a levou ao ponto de ônibus, quando ela ia para o trabalho. Ela pediu dinheiro dizendo que iria procurar emprego. Foi então que voltou à residência para cometer o crime e fugir.
"Ela voltou, matou a Kamilly, fez essa barbaridade, botou ela no saco preto... com certeza, ela ia ocultar o corpo da menina, tinha três sacos", acredita.
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'ESTAMOS SOFRENDO MUITO'
A estudante foi enterrada na tarde deste sábado no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência. Amigos e familiares estão inconformados com o que aconteceu.
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"Estamos sofrendo muito. A essa hora era para ela estar aqui do meu lado, brincando comigo. Ela era uma menina muito feliz. Eu não sei se vou conseguir manter a padaria aberta. Ela ajudava a gente. Era uma pessoa muito confiável. Tratava as pessoas muito bem. Era uma excelente pessoa", lamenta o primo.
A própria irmã da autora do crime chamou os policiais quando a mulher contou o que fez. No entanto, quando agentes do 40º BPM (Campo Grande) chegaram ao local já encontraram Kamilly sem vida.
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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e fez a perícia no local.
Procurada pelo DIA, a Polícia Civil se limitou a dizer que "as investigações estão em andamento. Diligências estão sendo realizadas para esclarecer o caso".