Por O Dia

Num bate-papo com a mãe de uma criança da mesma idade do meu filho, sete anos, ela me fez a seguinte pergunta:

"Você que tenta ajudar tantas mães, fala de inclusão... Por um acaso a escola do seu filho tá pronta pra receber o meu filho?"

(Pausa...)

Respirei fundo e respondi: "Não!"

Fiquei com vergonha na hora, mas é isso que acontece na maioria das vezes quando não é com a gente, muitas vezes passa desapercebido.

Eu que visitei várias escolas para saber como era a formação de cidadania, respeito às diversidades, combate ao preconceito, esqueci de ver se a escola era inclusiva. O filho dela é cadeirante, teve complicações no parto.

Ontem fui ao colégio do meu filho para a reunião de fim de ano e lembrei dela. O filho dela não passaria do portão da escola do meu filho pela falta de acessibilidade.

Uma escola particular, internacional, que não tem acessibilidade para cadeirantes, e isso deve acontecer muito por aí.

Me culpei por não ter percebido isso antes, encontrei com a coordenadora e falei do absurdo que é isso, uma escola não ser inclusiva. E se aquela mãe tivesse gostado, como eu, da metodologia da escola? Não poderia matricular o filho porque não é acessível para a cadeira dele?

E não é só pelo filho dela e por tantas outras crianças com deficiência.

É pelo meu filho também, que não está convivendo com as diferenças, com a diversidade. Não está participando do processo de inclusão de nenhum amigo. Ele também está perdendo.

Eu, que tanto me preocupo em educar um cidadão e a escola que tanto se gaba de construir pilares bons para a sociedade, merecemos um grande... DEDO NA CARA!

 

Pingo no I
Publicidade
Ainda falando sobre inclusão, mas agora, digital... O governo do Estado vai lançar na próxima segunda o projeto “Palácio Guanabara Inclusão Digital”, que promete beneficiar 120 alunos de escolas estaduais de Caxias e Nova Iguaçu, além de jovens da Faetec da Rocinha e da Fundação para Infância e Adolescência (FIA). O objetivo é preparar os jovens para novas oportunidades de trabalho nas áreas digital e tecnológica.
Bora colocar o Pingo no I...
Publicidade
A modernidade está aí. Por que não usar a ferramenta para formar uma sociedade digital do bem? Fica a dica...
Publicidade
Tá famoso!
Daniel fez mais que uma corrida: demonstrou o quanto é generoso
Daniel fez mais que uma corrida: demonstrou o quanto é generosoDivulgação
"Era o meu primeiro dia como motorista de aplicativo. Eu tenho filhos, e o que fiz foi de coração."
Publicidade
Esse é Daniel Torres, repositor de supermercado durante o dia, higienizador de carros nos fins de semana e agora um dos motoristas de aplicativos mais conhecidos do Rio.
Sabe por que? Bruna Santos resolveu compartilhar a boa ação dele.
Publicidade
A autônoma estava desesperada. A cadelinha de estimação tinha acabado de morrer, a filha pequena com febre de mais de 39 graus, o marido sem poder dirigir...
Chamou Daniel pelo aplicativo, mas o sistema deu pane. Ela ligou para cancelar a corrida e para a surpresa dela, Daniel disse: "Me explique seu endereço que eu te levo até o hospital!"
Publicidade
Bruna relata que ele saiu buzinando. E quando foi pagar a conta, ele ainda disse: "Vai cuidar da sua filha, quando sair estarei aqui pra levar vocês para casa."
Ela saiu uma da manhã e ele estava lá... As duas foram entregues na porta de casa.
Publicidade
"Ele foi um anjo. Não tem outra explicação ou adjetivo," conta Bruna.
Daniel tem três filhos, de onze, nove e sete anos... Que cara sensacional...
Publicidade
Ah, antes de terminar, os dois são de São Gonçalo. Morando em São Gonçalo você sabe como é, né? Já diria Seu Jorge!
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Por mais 'Danieis' no mundo e tenho dito.
Publicidade
Você pode gostar
Comentários