Desempregado, Leandro passou a dormir na rua - Divulgação
Desempregado, Leandro passou a dormir na ruaDivulgação
Por O Dia

'Oi, dona Isabele... Coloca o dedo na cara deles lá, hein?!'

A voz firme é de Luiz Waldir dos Santos Leandro, 43 anos. Desempregado, morador de rua há um mês e negro. Sentamos na mureta da TV e em meia hora de conversa ele me contou o que é o retrato de um brasileiro que vive sem emprego, nesse país tão desigual e racista.

Sem conseguir mais bancar o aluguel, teve que deixar a filha de oito anos e a esposa na casa da sogra em Irajá. Ele dorme na rodoviária." Isabele, eu estou em situação de rua, mas não nasci pra isso não. Têm dias que não aguento o cheiro da minha meia."

A voz firme deu lugar a um choro dolorido de Leandro ao falar do preconceito que sofre. "Entrei na semana passada em uma loja na praça do IAPI da Penha... Quando entrei para me oferecer pra trabalhar, a mulher recolheu a Bíblia e tudo que tinha por perto. Eu falei que não ia assaltá-la. Saí desolado! Quem me acolheu foram os PMs que estavam na praça. Me deram comida, água, ouviram meu desespero e antes de eu ir embora, deixaram eu tomar um banho e me deram um par de meias novas."

"Faço qualquer coisa, quero minha família unida de novo. Mas se para o branco já está difícil, imagina pra gente?" Leandro, que foi estoquista de loja praticamente a vida toda, diz que aceita qualquer emprego. Faxina, servir café, o que tiver. Pra encerrar nossa conversa, perguntei: "E o dedo? É pra quem?", perguntei a ele.

Leandro disse: "Pra todos nós. Tô pagando pela escolha errada, inclusive a minha... A gente não sabe votar, vota errado."

3,2,1... É DEDO NA CARA!

Tá bonito!
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Os torcedores estão animados, e um verdadeiro carnaval fora de época é planejado pela cidade.
Um setor em especial tem muito o que comemorar...
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Segundo o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio, Fernando Blower, a expectativa é a melhor possível. Principalmente se o Flamengo for campeão, tendo em vista que o jogo será à tarde.
A auxiliar administrativa Angélica Vieira, do Bar Buxixo, na Tijuca, diz que graças à boa fase do time, observa um aumento significativo nas vendas. "O Flamengo é um mal necessário. A quantidade de torcedores que o time vem arrastando nesse momento é ótima pra nós."
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Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito...
O Flamengo tá poderoso! E gostando ou não, é hora de faturar! Dá-lhe Meng... ops, é melhor ser imparcial nessa coluna, né?!
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Pingo no I
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Mas vamos lá... É só futebol!
Essa semana um vendedor de frutas acordou trabalhador e terminou assassino. Matou por uma discussão de jogo. Vale a pena?
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