Por O Dia
Rio - Prato colorido não é apenas bonito, é saudável. É o que afirmam especialistas. De acordo com pesquisas recentes publicadas pelo Centro Paulista de Oncologia (CPO), alimentos naturais, coloridos e não processados, possuem propriedades capazes de prevenir e curar doenças graves como o câncer. A conta é simples: no prato de comida ideal precisa haver, ao menos, três cores diferentes. No casos dos grupo de vulnerabilidade (idosos, crianças e gestantes), a recomendação sobe para cinco cores.
Ricos em nutrientes e saborosos em qualquer refeição, verduras, legumes e frutas são capazes de nutrir e melhorar as funções do corpo, fortalecer o organismo e ainda proteger contra diversas doenças. A recomendação de médicos e nutricionistas é montar um prato colorido e diversificado, porque a variedade de nutrientes contribui para evitar a deficiência de vitaminas e minerais.
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"Separar as comidas por cor serve para explicar ao leigo a importância de um prato rico em nutrientes. As pessoas, em geral, não querem saber o que há em cada alimento com riqueza de detalhes. Para isso recomendamos colorir o prato, porque quanto mais cores a refeição tiver, sinal que há uma variedade de vitaminas e nutrientes importante para o organismo", explica a nutricionista Alexandra Marinho.
Os alimentos – ilustrados no infográfico – são ricos em compostos antioxidantes como antocianinas, licopeno, clorofila, betacaroteno, flavonoides, entre outros. A função do oxidante é manter o equilíbrio do organismo e seu pleno funcionamento, através do combate aos radicais livres, produzidos pelo organismo durante a respiração, e aos demais elementos ácidos ingeridos através da própria alimentação.
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Para os idosos, alimentos vermelhos, brancos e amarelos não devem ser esquecidos. "O grupo de alimentos vermelhos possui antioxidantes e os brancos e amarelos contém nutrientes como o cálcio, essencial para manutenção da saúde dos ossos", afirma Marinho.
A especialista ainda faz um alerta à turma da cozinha. Alimentos como feijão e beterraba e brócolis e queijo ralado não se misturam "em hipótese alguma", garante. Isso porque o ferro presente no brócolis e no feijão é anulado pelo cálcio do queijo e pelo ácido oxálico da beterraba, respectivamente. O que a nutricionista aconselha em casos de anemia, por exemplo, é cozinhar o feijão com as folhas da beterraba, ricas em ferro, assim como o grão.
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Mas colorir o prato apenas não é suficiente, recomenda Marinho. "Antes de colorir o prato, é preciso absorver uma consciência alimentar. Se não olharmos para o que comemos, não mastigarmos devagar, não darmos atenção para os sinais que nosso estômago apresenta e continuarmos a ingerir líquido enquanto comemos, nossa ingestão continuará sendo feita de forma errada", afirma a especialista.